A Polícia Civil de Minas Gerais continua à procura, neste domingo (25), de pistas para capturar um dos 10 indiciados, na sexta-feira (23), pela assassinato do vereador Hamilton de Moura (MDB), de Funilândia, na Região Central. Gérson Geraldo Cezário tem mandado de prisão contra ele por participação no crime. Moura foi assassinado em julho deste ano.
As investigações foram realizadas em segredo de Justiça, e indicam que o vereador de Belo Horizonte, Ronaldo Batista (PSC) é o mandante do crime. Ele está preso.
No inquérito de quase duas mil páginas, Batista teria sido ajudado pelos irmãos Gerson Geraldo Cesário e Antônio Carlos Cesário no planejamento do crime. Além dos três, outras sete pessoas participaram da execução de Moura - três delas estiveram na cena do crime, Leandro Felix Viçoso, ex-policial penal, Felipe Vicente de Oliveira, policial militar, e Fernando Saliba Araújo.
A motivação do crime, conforme a polícia, envolve desentendimento ocorrido há cerca de 10 anos. Na ocasião, Hamilton e Ronaldo, que faziam parte do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Belo Horizonte e Região passaram para lados opostos.
Sindicato
Ronaldo Batista presidiu o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Belo Horizonte e Região (STTRBH) e também é réu em ação na 9ª Vara da Justiça do Trabalho, ao lado de outras 10 pessoas, por má administração da entidade, apropriação indébita e dilapidação e malversação do patrimônio da entidade.
Em 17 de julho deste ano, a Justiça do Trabalho determinou o bloqueio de quatro imóveis de cunhado de Ronaldo, que tomou posse em agosto de 2019, após a cassação de Cláudio Duarte.
O processo corre desde 2018 e, quando assumiu o mandato na Câmara de Municipal, o político já tinha os bens bloqueados. O novo bloqueio se estendeu a quatro imóveis vendidos por Ronaldo a um cunhado. Segundo despacho da juíza Aline Paula Bonna, a comercialização teria sido feita com preços bem abaixo dos praticados pelo mercado.