O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a questionar nesta segunda-feira a pressa por uma vacina para imunização contra o novo coronavírus.
Bolsonaro aproveitou conversa com apoiadores, nesta segunda-feira (26), em frente ao Palácio da Alvorada, para também mandar recado aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Para Bolsonaro, a obrigatoriedade da vacinação, conforme defende o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), adversário político do presidente, não deveria ir a julgamento no STF.
O Supremo vai julgar a questão depois de governadores questionarem a posição de Bolsonaro.
Justiça
Bolsonaro disse aos apoiadores que as informações que chegaram até ele apontam que a vacina mais rápida até hoje levou quatro anos para ser aprovada a sua eficácia.
"Eu entendo que isso não é uma questão de Justiça, isso é questão de saúde, acima de tudo. Não pode um juiz decidir se você vai ou não tomar a vacina, isso não existe. Nós queremos é buscar solução para o caso", disse o presidente sem entrar em detalhe sobre o assunto.
Ministro da Saúde
Na semana passada, o presidente desautorizou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que havia acordado com o governador João Doria (PSDB) a compra da vacina de origem chinesa, em pareceria com o Institto Butantã, em São Paulo.
"O que a gente tem que fazer é não querer correr, é não querer atropelar, não querer comprar desta ou daquela sem nenhuma comprovação ainda", declarou o presidente, ao fazer referência ao anúncio sobre a vacina de Oxford, também nesta segunda-feira.