Jornal Estado de Minas

RETOMADA

Brasil 'resgatou credibilidade lá fora', diz Bolsonaro em cerimônia no Alvorada

O presidente Jair Bolsonaro e ministros participaram na manhã desta terça-feira (27) da cerimônia de hasteamento da Bandeira Nacional no Palácio da Alvorada. O chefe do Executivo e os demais membros do governo então se reuniram na residência oficial para mais um encontro do Conselho de Governo.





Antes da cerimônia, o presidente cumprimentou apoiadores que estavam em frente ao Palácio da Alvorada para assistir ao hasteamento da Bandeira. A seus partidários, Bolsonaro elogiou o trabalho econômico do governo e disse que o país 'resgatou a credibilidade' internacional. Junto a Paulo Guedes, ministro da Economia, o presidente citou números de empregos criados em setembro para indicar uma retomada após a pandemia.

"Mês passado foram (criados) mais de 250 mil empregos. Lá fora (em outros países) estão recomendando comprar real, não é, Paulo (Guedes, Ministro da Economia)? Mais uma sinalização que tá dando certo a economia nossa — afirmou Bolsonaro a apoiadores próximo ao Alvorada.

Levantamentos de instituições financeiras e de pesquisa, no entanto, aopntam que o Brasil é um dos países que mais sofreu com a desvalorização da moeda frente ao dólar durante a pandemia. O real perdeu 28% do seu valor perante o dólar desde 31 de dezembro de 2019, deixando para trás o limite "psicológico" de R$ 4 por dólar. Hoje, o comercial é negociado a cerca de R$ 5,38. O turismo, a R$ 5,87.





É o pior desempenho entre as 30 moedas mais negociadas do mundo mais o peso argentino, conforme levantamento feito pelos professores da Fundação Getulio Vargas (FGV) Henrique Castro e Claudia Yoshinaga a pedido da BBC News Brasil.Bolsonaro afirmou que investidores estrangeiros Além da brasileira, foram elevadas as bandeiras do Mercosul e a do Brasão da República, símbolo da Presidência.

"A economia está voltando em V, como a gente achava que ia voltar. No mês passado, como disse o presidente, (foram criados) 250 mil novos empregos e 300 mil novas empresas", comentou o ministro da Economia, Paulo Guedes, que estava ao lado do presidente.

Os dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados em setembro, indicaram a abertura líquida de 249.388 vagas de trabalho em agosto.

Na conversa com apoiadores, Bolsonaro, no entanto, retomou críticas à política de isolamento, que, para ele, prejudicou empresas. "Empresas foram destruídas, aquela história do 'fica em casa'", disse. Ele destacou medidas da equipe econômica para combater os efeitos da pandemia da COVID-19. 



"Lembra que eu falava que tinha que tratar do vírus e da economia? E o pessoal dando pancada em mim e 'nhenhenehe'. Olha o problema aí. Se não é o trabalho da equipe econômica, auxílio emergencial, socorro micro e pequenas empresas, rolagem de dívidas de Estados", afirmou o presidente da República.

Além dos ministros de Estado e presidentes de bancos oficiais, também estava presente no local o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres. Nessa segunda-feira, o Ministério Público Federal (MPF) instaurou procedimento para questionar o Ministério da Saúde e a Anvisa sobre o planejamento e escolha de vacinas contra a COVID-19.

Na semana passada, o debate sobre um imunizante foi alvo de divergências entre o governo federal e o governo de São Paulo. Bolsonaro foi contrário à aquisição de uma vacina de origem chinesa e mandou cancelar protocolo assinado pelo ministro Eduardo Pazuello. Apesar disso, a Anvisa liberou na sexta-feira, 23, a importação de 6 milhões de doses da vacina Coronavac.

Nesta terça, o ministro Pazuello não participou da cerimônia porque segue se recuperando após o diagnóstico positivo para o novo coronavírus. Também estavam presentes o diretor-geral da Polícia Federal, Rolando Alexandre de Souza, e o secretário especial de Assuntos Estratégicos, Flávio Rocha, cotado para assumir o cargo de ministro-chefe da Secretaria-Geral, com saída de Jorge Oliveira no fim do ano para assumir vaga no Tribunal de Contas da União (TCU).

*Com informações da BBC Brasil



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