O ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, voltou a criticar a ideia do plebiscito para mudar a Constituição, defendida pelo líder do governo Bolsonaro na Câmara, o deputado federal Ricardo Barros (PP). De acordo com ele, “todo mundo quer uma Constituição para chamar de sua”. A declaração foi feita em debate virtual na Câmara nesta terça-feira (27).
Segundo Moro, se ele escrevesse uma Constituição, ele acharia ótima. “É melhor ficar com a que já temos. O que não impede que a gente emende e altere naquilo que entendermos que seja o caso de alterar”, brincou.
Defender a Constituição, acrescentou Moro, “não significa que nós não tenhamos que reformá-la pontualmente”.
Nas redes sociais, Moro já havia reagido às falas de Barros. O que dificultou a governabilidade do Brasil nos últimos anos foi a corrupção desenfreada e a irresponsabilidade fiscal, não a Constituição de 1988 nem a Justiça ou o MP”, escreveu no Twitter.
O que dificultou a governabilidade do Brasil nos últimos anos foi a corrupção desenfreada e a irresponsabilidade fiscal, não a Constituição de 1988 nem a Justiça ou o MP.
%u2014 Sergio Moro (@SF_Moro) October 26, 2020
Entenda
O líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), foi alvo de críticas na segunda-feira (26), após sugerir a realização de um plebiscito sobre a convocação de uma nova Assembleia Constituinte.
“Acho que devemos fazer um plebiscito , como fez o Chile , para que possamos refazer a Carta Magna e escrever muitas vezes nela a palavra deveres”, disse Barros na ocasião.
“Acho que devemos fazer um plebiscito , como fez o Chile , para que possamos refazer a Carta Magna e escrever muitas vezes nela a palavra deveres”, disse Barros na ocasião.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.