Alguns erros e somente um acerto. Essa é a avaliação que Nilmário Miranda (PT) candidato à Prefeitura de Belo Horizonte, daz da administração do atual chefe do Executivo municipal, Alexandre Kalil (PSD). Em entrevista ao Estado de Minas (clique aqui para ler a íntegra), Nilmário disse que Kalil foi bem no enfrentamento do coronavírus, rechaçou diversos atos de seu concorrente nas Eleições 2020.
pandemia da COVID-19. Isso é obvio. Eu era presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos, representando o Sindicato dos Jornalistas e fizemos uma nota de apoio a ele quando ele enfrentou o Bolsonaro. Com Bolsonaro desorganizando o enfrentamento da pandemia, nós apoiamos o prefeito. Não o partido, o prefeito da cidade. Quando ele tomou posse, disse ‘não vou fazer nada, só vou tocar o que existe’. Isso é ótimo para nós. Porque nós (PT) governamos a cidade por 16 anos, com quatro bons governos. Deixamos uma estrutura de governança sólida. BH funciona mesmo com prefeitos que não fazem nada”, disse o candidato.
“Ele (Kalil) foi bem na Nilmário classificou como ‘erro grave’ a concentração do atendimento aos cidadãos no BH Resolve. Segundo ele, a ideia é ‘regionalizar de novo’.
“Tenho uma proposta de fazer por regionais. BH são nove grandes cidades. Se fossem cidades separadas, teríamos nove cidades com dois turnos. Felizmente, é uma cidade só. Regionalizar de novo. Foi um erro grave do Kalil ter acabado com as regionais. Entre Barreiro e Venda Nova olha a distância que tem! Obrigar as pessoas a se deslocar de todas as regionais para o BH Resolve, para quê? Engarrafamentos gigantescos, hipercentro é tudo hiper aqui. A cidade que eu chamo do ‘bem viver’ descentraliza, tem muitos centros. Vamos fazer isso que estamos falando em cada regional. Isso vale para transporte, ciclovias, educação, saúde, cultura. Para todas virarem agencia de desenvolvimento regional”, declarou.
Outro ataque feito por Nilmário à atual administração foi o enfrentamento ao problema do aumento da população em situação de rua em Belo Horizonte. O petista defende a capacitação profissional dessas pessoas, o acolhimento em imóveis desocupados da cidade e atendimento de saúde aos que precisarem.
“Outra crítica a ele (Kalil). Ele falou que se tratar bem demais, der muito conforto – ele usou essa expressão – vai atrair mais. Isso para mim é uma negação dos direitos humanos, à dignidade de cada ser humano. O que é ‘conforto’? Fazer com que eles tomem café da manhã, almocem e jantem todos os dias? Tenham um lugar de se lavar, para dormir? Quando precisar, tem duas mil pessoas que podem ser acolhidas. Mas existem dez mil (moradores de rua na capital). Isso é um recorde histórico! O que temos que fazer? Nós temos 70 mil imóveis não ocupados em Belo Horizonte. É fazer aluguel social, autoconstrução. (...) Voltar com o Orçamento Participativo, a democracia participativa, a ter regionais fortes, enfrentar os moradores de rua como deve ser o problema, que envolve habitação, assistência, acolhimento, para os que são LGBT expulsos de casa. Tem um projeto genial feito pelo Haddad que se chama Transcidadania, que é pegar as pessoas LGBT que moram nas ruas e capacitá-los para ter outras coisas que não seja a prostituição, doenças, violência, morte. Há pessoas que têm sofrimento mental e temos que trata-las com os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS)”, afirmou Nilmário.
O candidato do PT planeja chegar ao segundo turno para debater os problemas da cidade com o atual prefeito. De acordo com as últimas pesquisas, Kalil pode ser reeleito em primeiro turno, com 59,5% dos votos. Nilmário aparece na quinta colocação, com 2,5% da preferência do eleitorado.
“Quero chegar ao segundo turno para debater o que é melhor para BH. Vamos mostrar, ‘olha prefeito, você acabou com a escola de tempo integral, isso era estratégico para combater a desigualdade. Congelou as creches, isso era estratégico para BH. O transporte, você falou que ia fazer isso e aquilo, e ficou pior no final do seu governo’. Vamos ter que resgatar isso e ir mostrando as debilidades, qual o melhor projeto para BH em todas as áreas. Nada dessa selvageria, desse ódio que quiseram implantar em nossa cidade. É uma cidade que nunca teve esse ódio e espero que nunca mais tenha”, projetou o candidato.
Eleições 2020: como votar, datas e horários
O primeiro turno das eleições 2020 será em 15 de novembro e, caso seja necessário no seu município, o segundo turno será realizado em 29 de novembro de 2020. Nestas eleições, o horário de votação é das 7h às 17h. O horário entre 7h e 10h é preferencial para maiores de 60 anos.
Com as novas medidas diante da pandemia do coronavírus, preparamos um guia com tudo que você precisa saber para votar nas eleições 2020.
O que muda nas eleições 2020?
Muitas mudanças foram feitas pela Justiça Eleitoral para os candidatos a prefeito e vereador durante o período eleitoral de 2020. Além disso, os eleitores também terão de se adaptar às novas normas para os dias de votação, como a abertura antecipada das seções eleitorais e as regras de higiene que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Como justificar o voto nas eleições 2020?
Os eleitores poderão optar por justificar o voto de três formas:
- No dia das eleições: o eleitor que estiver fora de sua cidade pode justificar a ausência em qualquer local de votação, das 7h às 17h. O eleitor deverá ter o número do título, um documento oficial de identificação e o formulário de justificativa preenchido.
- Depois das eleições: preenchendo o formulário de justificativa em qualquer cartório eleitoral ou posto de atendimento ao eleitor em até 60 dias após a votação.
- A justificativa também poderá ser feita no aplicativo e-Título.
Eleições 2020 em Belo Horizonte
Na capital mineira, 15 candidatos disputam as eleições para prefeito. Conheça quem são os candidatos e o perfil de cada na corrida rumo à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Já para vereador, Belo Horizonte conta com mais de 1,5 mil candidatos. Alguns apostaram em apelidos e codinomes bem inusitados para conseguir votos.
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Para saber mais sobre as Eleições 2020 em Minas Gerais, leia também a cobertura completa das eleições na Grande BH e nas regiões Centro-Oeste, Leste, Norte, Sul de Minas, Triângulo Mineiro e Zona da Mata.