Após ampla repercussão negativa, o presidente Jair Bolsonaro anunciou no fim da tarde desta quarta-feira (28) que revogou o decreto 10.530, que previa a inclusão das Unidades Básicas de Saúde (UBS) no programa de privatização do governo federal.
O decreto havia sido publicado no Diário Oficial da União (DOU) dessa terça-feira (27) e autorizava estudos de alternativas de parcerias com a iniciativa privada no âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República (PPI) "para a construção, a modernização e a operação" das unidades.
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''Não aceitaremos a arbitrariedade'', diz presidente do Conselho Nacional de Saúde sobre privatização do SUSApós críticas, Bolsonaro diz que vai revogar decreto sobre participação privada no SUSEleição em BH: 'Capitão Nascimento' apresenta programa de Áurea na TVO decreto, assinado por Bolsonaro e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, gerou ampla reação negativa.
O presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernando Pigatto, se manifestou. “Nós não aceitaremos a arbitrariedade do presidente da República”, afirmou.
Parlamentares de oposição se movimentaram, sendo que deputados e senadores do PT, PCdoB, PSB, Rede e também do PSL apresentaram Projetos de Decreto Legislativo (PDL) para suspender o decreto.
Ao longo desta quarta-feira (28), o Ministério da Economia divulgou nota confirmando o decreto em questão poderia ser um passo inicial para a implementação de parcerias público-privadas e frisando que o foco inicial é apenas o levantamento das informações.
Serviços gratuitos
No fim da tarde, o Ministério da Saúde, que não assina o decreto, divulgou nota afirmando que a decisão de incluir as UBSs no PPI foi tomada após um pedido que partiu do próprio órgão, com o apoio do Ministério da Economia.
A pasta da Saúde garantiu que os serviços seguiriam 100% gratuitos para a população e afirmou que “a avaliação conjunta é que é preciso incentivar a participação da iniciativa privada no sistema para elevar a qualidade do serviço prestado ao cidadão, racionalizar custos, introduzir mecanismos de remuneração por desempenho, novos critérios de escala e redes integradas de atenção à saúde em um novo modelo de atendimento”.