Depois de o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltar atrás e suspender o decreto que permitia estudos sobre parcerias privadas na saúde pública, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira (29), em audiência no Congresso, que o governo não havia pensado em fazer a privatização do SUS. Segundo ele, isso seria um “contrassenso”.
Guedes sobre decreto de Bolsonaro: 'Quem é maluco de acabar com o acesso universal no SUS?'https://t.co/10otjVqt0T pic.twitter.com/LivW9kiV1b
— Estado de Minas (@em_com) October 29, 2020
“O decreto nasceu às 10h da manhã, morreu às 7h da tarde. Pronto, não se discute. Se vai causar uma perturbação no Congresso Brasileiro, a gente tira do ar. O presidente foi fulminante, disse: ‘Não vou criar algo que vai criar um tumulto danado em véspera de eleição. As pessoas não vão entender nada’. Isso é uma tolice, ninguém pensou em fazer a privatização do SUS.”, disse Guedes.
De acordo com o ministro, o decreto foi “mal compreendido” e com a revogação, o governo terá mais tempo para repensar a proposta. "Quem é maluco de acabar com o acesso universal no SUS? A luta é para aumentar o acesso", disse.
"Se fosse privatização do SUS, teria que ir para Congresso e STF opinaria. Privado, terminaria obras e equipamentos, e governo daria voucher saúde. Foi um susto pra mim, ontem, com decreto cedo e a suspensão pelo presidente. Jamais esteve sob análise privatizar o SUS, seria uma insanidade", afirmou o ministro.
Publicado na última terça-feira (37),o decreto autorizava estudos para privatização de unidades básicas de Saúde
*Estagiária sob supervisão da editora Liliane Corrêa