O presidente Jair Bolsonaro afirmou na tarde desta sexta-feira (30) que os candidatos apoiados por ele nas principais cidaades, como Rio de Janeiro e São Paulo, sairão vitoriosos nas eleições municipais. O chefe do Executivo vem demonstrando apoio ao candidato à prefeitura paulista Celso Russomanno e ao prefeito do Rio, Marcelo Crivella, que tenta a reeleição.
Em Belo Horizonte, Bolsonaro declarou apoio a Bruno Engler, que está em terceiro nas pesquisas, com 3% das intenções de voto – o atual prefeito, Alexandre Kalil (PSD), segue líder isolado, com 63% das intenções de voto segundo levantamento do Ibope e deve vencer em primeiro turno. Em segundo aparece o deputado estadual João Vitor Xavier (Cidadania), com 8%, empatado tecnicamente com Áurea Carolina (Psol).
Crivella foi recebido pelo presidente nesta manhã, no Palácio da Alvorada, para a gravação de um vídeo de campanha. Bolsonaro disse que o encontro foi "muito bom".
Leia Mais
Bolsonaro grava vídeo de apoio à reeleição de Crivella após reunião com o prefeito do RioEm 'live', Bolsonaro pede votos para Russomanno em São Paulo e Crivella no RioMarqueteiro de Russomano compara debate a 'fuzilamento' de líderes nas pesquisasO mandatário também defendeu Crivella, afirmando que o prefeito carioca é constantemente atacado. Bolsonaro ainda apostou em um segundo turno e disse que seus candidatos "ganharão nos dois municípios".
"O Crivella pegou um município cheio de problemas, e a dívida foi diminuída bastante, não é fácil. Ele foi muito atacado por uma rede funerária de televisão aí, assim como eu sou o tempo todo, e ele está em segundo lugar nas pesquisas lá. Eu acho que vai ter segundo turno no Rio, como vai ter em São Paulo. A gente vai ganhar nos dois municípios", afirmou.
Preocupação com a segurança
O presidente ressaltou que gostaria de participar mais das eleições municipais, mas que não possui condições de arcar com as despesas de segurança e viagens pelo país. De acordo com ele, "sua cabeça está valendo alguma coisa no mercado", e, por isso, não pode se descuidar.
"Não posso me empenhar mais, porque, para eu ir fazer campanha lá, tenho que pegar um avião de carreira. Não tenho recurso para isso, levar uns 30 seguranças ou contratar uns 100 lá, porque minha cabeça está valendo alguma coisa no mercado, literalmente falando, e não posso abrir mão de segurança", destacou Bolsonaro.
Ele então elencou alguns nomes que apoia na corrida municipal: "Eu me elegi pelas mídias sociais, agradeço a muitos de vocês que acreditaram, e a mesma coisa pode ser feita não só lá, né, como tenho dito. Tenho um candidato a prefeito em BH, Bruno Engler; tem o coronel Menezes em Manaus; o Sartori em Santos. Tem alguns vereadores, tem vereador até em Boa Vista, Roraima. Tenho duas em São Paulo. Tenho alguns candidatos à reeleição no Rio de Janeiro, tem mais alguns candidatos por aí, poucos, porque eu não posso me envolver, senão a minha vida fica muito atrapalhada e o Brasil não pode parar, tá ok?", alegou.
Crivella é nome polêmico
Por fim, o chefe do Executivo repetiu o que havia dito na live na noite dessa quinta-feira (29). Ao falar de candidatos que apoiava pelo Brasil, o mandatário disse que o nome de Crivella era polêmico, mas que o conhecia há tempos. Ao recomendar a reeleição do prefeito ao cargo, Bolsonaro disse que "quem não quis quiser votar nele, tudo bem".
"Não vamos brigar por causa disso. Se você não quiser votar no Crivella, não vamos brigar por conta disso. Você pode encontrar virtudes em outros candidatos, respeito. Mas eu botei na balança entre os candidatos ali o que seria melhor para o Rio de Janeiro", concluiu.
Já em São Paulo, Russomanno postou uma foto ao lado de Bolsonaro, do qual foi ao encontro no aeroporto.