O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se manifestou pelo Twitter sobre a eleição nos Estados Unidos, que termina nesta terça-feira. O chefe do Executivo nacional afirmou que o pleito chama a atenção de todo o globo e que, por isso, suspeitas de interferência internacional podem recair sobre o resultado da votação.
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'Vamos ganhar mais quatro anos na Casa Branca', diz Trump em comício finalEUA: Joe Biden vence por unanimidade votação em Dixville Notch, primeira cidade com votos apuradosTrump ou Biden? Americanos votam em eleição sob tensão máximaPrimo dos Bolsonaro ganha cargo no Senado a pedido do senador Carlos VianaEmbora seja alinhado ao republicano Donald Trump, Bolsonaro não citou, nominalmente, nenhum dos candidatos à Casa Branca. Mesmo assim, cravou que o resultado do pleito estadunidense pode fazer com que o Brasil seja pressionado a mudar sua política interna.
“No Brasil, em especial pelo seu potencial agropecuário, poderemos sofrer uma decisiva interferência externa, na busca, desde já, de uma política interna simpática a essas potências, visando as eleições de 2022”, disse.
“América do Sul caminhando para a esquerda”
Depois, Bolsonaro afirmou que a América do Sul tem dado guinada à esquerda. Ele falou, também, no interesse estrangeiro em dominar a Amazônia. Ainda que o presidente não tenha mencionado o democrata Joe Biden, os tuítes dão a entender que o Palácio do Planalto se mostra um pouco apreensivo com o eventual triunfo do adversário de Trump.
“Não se trata apenas do Brasil. Devemos nos inteirar, cada vez mais, do porquê, e por ação de quem, a América do Sul está caminhando para a esquerda. Nosso bem maior, a liberdade, continua sendo ameaçado. Nessa batalha, fica evidente que a segurança alimentar, para alguns países, torna-se tão importante e aí se inclui, como prioridade, o domínio da própria Amazônia”, afirmou.
Presidente nega contato com Biden
No fim da noite dessa segunda-feira, o presidente negou ter procurado o staff de Joe Biden. Ele refutou informação publicada por Raquel Krähenbühl, correspondente da GloboNews em solo estadunidense, e fez questão de reiterar proximidade a Trump.
"Quanto às eleições, todos sabem do respeito que tenho pelos EUA, bem como do bom relacionamento com o Presidente Donald Trump", postou.