Nomeado nesta terça-feira como servidor da Primeira-Secretaria do Senado Federal, o primo dos filhos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Leonardo Rodrigues de Jesus, foi contratado a pedido do senador mineiro Carlos Viana (PSD). A intenção, segundo apurou o Estado de Minas, é que Léo Índio, como é conhecido, trabalhe no gabinete de Viana.
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Até o mês passado, Léo Índio era servidor da equipe de Chico Rodrigues (Dem/RR), senador flagrado com dinheiro na cueca em uma operação da Polícia Federal. O parente dos Bolsonaro deixou o cargo, enquanto Chico foi desligado da vice-liderança do governo.
Ele tem forte ligação com Carlos, vereador do Rio de Janeiro pelo Republicanos.
Léo Índio foi nomeado com o mais alto cargo comissionado do Senado, identificado pela sigla SF02. Assessores parlamentares de tal porte recebem R$ 17.319,31 mensais, segundo a tabela de vencimentos da Casa.
A reportagem tenta, desde a manhã desta terça, contatar diretamente Carlos Viana. As ligações, entretanto, acabaram endereçadas à Caixa Postal.
O primo dos filhos do presidente é sobrinho de Rogéria Bolsonaro, ex-esposa de Jair. Ele deixou o gabinete de Chico para preservar a imagem do Palácio do Planalto em meio ao caso do dinheiro nas nádegas. De lá para cá, houve lobby para colocá-lo em outra função pública.
Léo apareceu em diversos vídeos divulgados por Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018.
Viana, por sua vez, está em primeiro mandato. Ele é cotado para ocupar a vaga deixada justamente por Chico Rodrigues na vice-liderança do governo no Senado.
Dono de dinheiro na cueca está afastado
No fim do mês passado, o roraimense Chico Rodrigues pediu licença de 121 dias das atividades parlamentares. Na roupa íntima dele, foram encontrados R$ 30 mil. Léo Índio foi admitido pelo parlamentar em abril do ano passado, também por meio de cargo comissionado.
No Instagram, Léo tem 12,8 mil seguidores e se apresenta como sobrinho de Bolsonaro. Em meio a fotos com integrantes da família e uma imagem ao lado do ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, há um vídeo com escritos que chamam a ex-presidente Dilma Rousseff de “anta”.