Alguns governadores se reuniram nesta terça-feira (3), em Brasília, com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (Democratas), para discutir a medida provisória que definirá qual vacina contra a COVID-19 o Brasil adotará e ainda assegurar os recursos para o Plano Nacional de Imunização. A reunião aconteceu às 13h, na residência oficial.
Participaram da reunião o governador do Piauí, Wellington Dias (PT); do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB); do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB); e do Mato Grosso, Mauro Mendes (Democratas).
“A defesa que fazemos é que a primeira vacina que tiver autorização e aprovação científica é a que o Brasil deve adotar. Se a vacina é feita no Butantan, na Fiocruz, nesse ou naquele país é irrelevante”, declarou Wellington Dias antes do almoço.
No Twitter, o piauiense disse ter um dia de grandes reuniões importantes. Isso porque os governates também vão encontrar o presidente do senado Davi Alcolumbre (Democratas).
No ínicio da tarde, Renato Casagrande reafirmou as falas do colega. De acordo com ele, os governadores têm interesse em “todas as vacinas aprovadas pela Anvisa” e esperam que elas estejam à disposição da população brasileira o mais rápido possível. “Esse é o nosso interesse", explicou.
Bolsonaro x Dória
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem se pronunciado contra a obrigatoriedade da vacinação. Em embate com o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), ele chegou a dizer que o governo federal não vai comprar uma vacina produzida por laboratórios da China.
Apesar disso, Dória afirmou em coletiva de imprensa que a Coronavac, vacina feita pelo Instituto Butantan, será obrigatória caso seja aprovada pela Anvisa.
Em contrapartida, Bolsonaro disse que “tem governador que está se intitulando o médico do Brasil” e reafirmou a não compra do remédio".
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.