Alguns governadores se reuniram nesta terça-feira (3), em Brasília, com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (Democratas), para discutir a medida provisória que definirá qual vacina contra a COVID-19 o Brasil adotará e ainda assegurar os recursos para o Plano Nacional de Imunização. A reunião aconteceu às 13h, na residência oficial.
Participaram da reunião o governador do Piauí, Wellington Dias (PT); do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB); do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB); e do Mato Grosso, Mauro Mendes (Democratas).
“A defesa que fazemos é que a primeira vacina que tiver autorização e aprovação científica é a que o Brasil deve adotar. Se a vacina é feita no Butantan, na Fiocruz, nesse ou naquele país é irrelevante”, declarou Wellington Dias antes do almoço.
No Twitter, o piauiense disse ter um dia de grandes reuniões importantes. Isso porque os governates também vão encontrar o presidente do senado Davi Alcolumbre (Democratas).
Dia de reuniões importantes hoje!
%u2014 Wellington Dias (@wdiaspi) November 3, 2020
Em agenda com o presidente Rodrigo Maia, na residência oficial da Câmara. Vamos tratar sobre a vacina da Covid-19, sobre a compra dessas vacinas e também assegurar os recursos para o Plano Nacional de Imunização.
No ínicio da tarde, Renato Casagrande reafirmou as falas do colega. De acordo com ele, os governadores têm interesse em “todas as vacinas aprovadas pela Anvisa” e esperam que elas estejam à disposição da população brasileira o mais rápido possível. “Esse é o nosso interesse", explicou.
Bolsonaro x Dória
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem se pronunciado contra a obrigatoriedade da vacinação. Em embate com o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), ele chegou a dizer que o governo federal não vai comprar uma vacina produzida por laboratórios da China.
Apesar disso, Dória afirmou em coletiva de imprensa que a Coronavac, vacina feita pelo Instituto Butantan, será obrigatória caso seja aprovada pela Anvisa.
Em contrapartida, Bolsonaro disse que “tem governador que está se intitulando o médico do Brasil” e reafirmou a não compra do remédio".
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.