O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, negou um recurso feito pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o julgamento do caso do Triplex no Guarujá, São Paulo, no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A defesa pediu a suspensão do julgamento, enquanto o Supremo não julgar um habeas corpus que questionava a validade de uma sessão da Quinta Turma do STJ por ter ocorrido virtualmente.
Isso porque, segundo os advogados, desde que o caso chegou no tribunal, não houve nenhum julgamento presencial. "prejuízo irremediável sob a ótica do contraditório e da ampla defesa".
Na decisão, Fachin afirmou não haver ilegalidade passível de suspensão do julgamento no STJ e indeferiu a liminar.
Anteriormente, a defesa também pediu ao ministro Edson Fachin, a determinação de paralisação do julgamento até a Corte decidir sobre o pedido do ex-presidente para acessar três acordos assinados entre a Petrobras e Estados Unidos, no âmbito da Operação Lava-Jato.
Segundo os advogados, esses documentos mostram que a Petrobrás assume culpa dos crimes, investigados pela operação Lava-Jato, e não coloca Lula como líder da organização criminosa. Nesse caso, o ex-presidente não é citado nas investigações.
Condenação
Lula foi condenado no processo do triplex a oito anos e dez mes de prisão. No âmbito da Lava Jato, o ex-presidente foi acusado de receber proprina da construtora OAS por meio da entrega do triplex e reformas no imóvel.
*Estagiária sob supervisão da editora Liliane Corrêa