O presidente Jair Bolsonaro usou parte do tempo de sua live semanal para fazer propaganda para candidatos a vereadores e prefeitos de diversas cidades do Brasil. Entre eles, seu filho Carlos Bolsonaro, candidato no Rio de Janeiro e Walderice Santos da Conceição, candidata em Angra dos Reis.
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Bolsonaro elogia Fernando Collor e Arthur Lira durante inaguração de obra em ALRachadinha: confissão de ex-assessora complica Flávio BolsonaroBolsonaro afirma que assessora vendedora de açaí em Angra pediu demissãoIsenção de ICMS para energia renovável avança na Assembleia Legislativa de Minas GeraisNa urna, Walderice usará o nome de “Wal Bolsonaro”. Ela é investigada pela Procuradoria do Distrito Federal em apurações envolvendo funcionários fantasmas do gabinete de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados. Outra investigada pelo mesmo motivo é Nathália Queiroz, filha de ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, preso em Atibaia-SP, por supostamente participar do esquema de rachadinha no gabinete do filho do presidente.
Como Wal é apenas investigada, não há proibição de que ela se lance candidata. São impedidos de concorrerem às eleições apenas pessoas condenadas por decisão colegiada da Justiça, o que ocorre a partir da segunda instância ou em caso de condenados diretamente por tribunais superiores.
Versões de Bolsonaro
À época das acusações sobre ter pago com dinheiro público uma pessoa que não prestava serviços em seu gabinete, Bolsonaro deu diversas versões sobre o caso.
A versão que ele sustenta atualmente surgiu meses depois da repercussão do caso. O presidente alega que Walderice estaria de férias da Câmara quando foi flagrada vendendo açaí. Essa versão foi repetida por ele durante a live desta quinta-feira.
A versão que ele sustenta atualmente surgiu meses depois da repercussão do caso. O presidente alega que Walderice estaria de férias da Câmara quando foi flagrada vendendo açaí. Essa versão foi repetida por ele durante a live desta quinta-feira.
Entretanto, moradores da região revelaram que Wal não prestava serviços na Câmara, e tinha como profissão o comercio de açaí, na loja que, inclusive, levava o seu nome: “Wal Açaí”. Além disso, trabalhava na casa de veraneio de Bolsonaro em Angra, junto com seu marido Denílson.
A própria Wal assumiu para repórteres da Folha que trabalhava diariamente na loja de açaí e que não cumpria expediente na Câmara.