Jornal Estado de Minas

POLÍTICA

Candidatos à Prefeitura de Macapá criticam demora em resolver falta de energia

Os candidatos à Prefeitura de Macapá recorreram ao Twitter para cobrar ações sobre a falta de energia elétrica, que desde a noite de terça-feira (3) atinge 14 dos 16 municípios do Amapá, inclusive a capital. Na manhã desta sexta-feira, 6, o Estado chegou ao segundo lugar na lista dos assuntos mais comentados no Twitter brasileiro.

Para o candidato do PSOL, Paulo Lemos, a situação é "gravíssima". "Triste ver nosso povo pegando água não apropriada do rio para atender suas necessidades. Fila pra comprar gelo, fila pra comprar água, combustível etc.", afirmou pelas redes sociais. Segundo relatos, a falta de energia elétrica também causou desabastecimento em supermercados e instabilidade na rede de telecomunicações. Lemos cobrou uma solução urgente e a responsabilização dos culpados.

De acordo com o candidato, "a privatização do sistema de rebaixamento do linhão do Tucuruí provocou esse sofrimento todo para o nosso povo". "A empresa que controla o sistema só pensa em lucrar e não fez a devida manutenção dos transformadores. Absurdo", completou.

Segundo a candidata do Podemos, Patrícia Ferraz, o Estado está vivendo "o caos". "Parece filme de terror!! E cadê a solução??? Sem planejamento, sem resposta imediata, o povo sofrendo!! Haja decreto!!!", afirmou ao compartilhar publicação da Prefeitura de Macapá comunicando a decretação de estado de calamidade pública. "Não há um culpado, há vários. Não temos luz, água, internet, gasolina suficiente para todos!!", escreveu no Twitter.

Para o deputado federal Camilo Capiberibe (PSB-AP) e filho do candidato João Capiberibe (PSB) a situação é "inaceitável". "Comerciantes e famílias estão perdendo o pouco que tem. Famílias sem água para cozinhar ou tomar banho e grandes aglomerações se formando em supermercados, farmácias, postos de gasolina em plena #pandemia", disse.

O deputado lembrou que foram protocolou, em parceria com o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), pedidos ao Ministério Público Federal (MPF), ao Ministério Público Eleitoral (MPE) e ao Tribunal de Contas da União (TCU) para que se apure o incêndio que destruiu dois dos três transformadores na subestação que abastece o Estado e causou o blecaute.

"O incêndio pode ter sido culpa do raio. O #apagão, há quase 2 dias inteiros, é má gestão: não havia e não há sistema reserva na subestação. A Eletronorte, no Amapá, é indicação do senador Davi Alcolumbre (DEM). Depois de ter plantado a ineficiência, quer "vender" a solução", publicou Camilo na noite de quinta.

Oposição a Bolsonaro

Pelo Twitter, o senador Humberto Costa (PT-PE) também se manifestou: "Bolsonaro segue alheio a tudo. Esqueceu o Brasil. Está muito preocupado com Trump e com seu filho denunciado à Justiça por chefia organização criminosa". "É preciso virar essa trágica página da nossa história! #SOSAMAPÁ", emendou o parlamentar.

"Já faz 4 dias que quase todo o Amapá está sem luz no meio de uma pandemia. Só ontem à noite o Ministério das Minas e Energia abriu investigação para descobrir as causas. É muito abandono por parte do governo Bolsonaro", escreveu a vice-líder do PSOL na Câmara, a deputada federal Fernanda Melchionna (RS).

Para o líder do PT na Câmara, Enio Verri (PR), "enquanto Bolsonaro se preocupa com a provável derrota eleitoral do seu ídolo, Trump, o Estado do Amapá está às escuras, há quatro dias".



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