Minas Gerais tem nove cidades com mais de 200 mil eleitores, sujeitas à eleição para prefeito e vice-prefeito em dois turnos. Desse universo, em seis delas a escolha dos novos gestores poderá ser resolvida já no primeiro turno, no próximo domingo, com um dos candidatos alcançando 50% dos votos válidos mais um, de acordo com as pesquisas de intenção de voto. Os chefes do Executivo de grandes cidades mineiras que concorrem a novo mandato tendem a ser favorecidos pela avaliação do desempenho deles ao conduzir as medidas de combate à pandemia do novo coronavírus.
Prefeitos de seis municípios do estado com mais de 200 mil eleitores concorrem à reeleição. Cinco deles têm chances de liquidar a fatura no primeiro turno, se as pesquisas e os analistas políticos estiverem corretos. Além de Alexandre Kalil (PSD), em Belo Horizonte, estão em situação confortável frente aos concorrentes Vitório Medioli (PSD), em Betim, e Juninho Martins (DEM), em Ribeirão das Neves, ambos municípios da região metropolitana da capial; Odelmo Leão (PP), de Uberlândia, no Triângulo Mineiro; e Humberto Souto (Cidadania), de Montes Claros, no Norte de Minas.
Integra também o time dos candidatos dos maiores colégios eleitorais do estado com possibilidade de vencerem o páreo no próximo domingo a deputada estadual Marília Campos (PT), que, de acordo com as pesquisas, lidera com folga a corrida à Prefeitura de Contagem, na Grande BH. O atual prefeito do município, Alex Freitas (sem partido), não concorre a um segundo mandato.
Na reta final das campanhas, os candidatos que estão no bloco do segundo pelotão nas pesquisas de intenção de voto dessas cidades deverão aproveitar ao máximo o tempo que resta e intensificar a caça aos eleitores para “empurrar” a disputa para o segundo turno, no dia 29. Por causa das restrições impostas pela COVID-19, os concorrentes a prefeito das cidades-polo têm recorrido às redes sociais e ao horário gratuito da propaganda eleitoral no rádio e na televisão para divulgar suas propostas. Mas, isso não tem impedido a realização de carreatas e caminhadas em busca de votos, com o uso de máscaras de proteção e outras medidas para impedir a propagação do vírus.
As três cidades mineiras em que há mais probabilidade de definição dos prefeito e vice-prefeito só no segundo turno são Uberaba (Triângulo), Juiz de Fora (Zona da Mata) e Governador Valadares (Leste do estado). Nesta última, o chefe do Executivo municipal, André Merlo (PSDB), tenta se manter no cargo. Em agosto, o prefeito de Juiz de Fora, Antônio Almas (PSDB), decidiu não disputar a reeleição, e em Uberaba, Paulo Piau (MDB) já está no segundo mandato à frente da prefeitura e, por isso, não pode concorrer neste ano.
Pandemia O impacto crucial da pandemia do coronavírus na reeleição é destacado pelo professor Carlos Ranulfo, do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). “Claro que a questão da pandemia influencia como o eleitorado vota. Se o eleitor concorda que o prefeito fez uma boa gestão – que enfrentou bem a questão da COVID-19, esse prefeito vai ter voto. Se o eleitor considera que o prefeito atuou mal, isso vai ser ruim para o prefeito. Essa questão é crucial. Isso facilita mais ainda a reeleição de prefeitos que tenham feito boa gestão da pandemia”, avalia.
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Demandas locais e o coronavírus ditam rumos na reta final das campanhas em MinasJuiz de Fora tem disputa apertada pela prefeituraPrevisão em Governador Valadares é de decisão da disputa em segundo turnoJuiz proíbe distribuição de cestas básicas em Sete Lagoas fora do CRASSemana derradeira terá de súplica de padrinhos à velha laçada de eleitores nas ruas de BH Moro e Luciano Huck estudam candidatura para as eleições de 2022, diz jornal Sistema eleitoral do Brasil dá de 10 em agilidade no dos EUADe acordo com a pesquisa mais recente do Instituto Datafolha, divulgada na quinta-feira, se a eleição fosse hoje o prefeito da capital venceria no primeiro turno, com 65% de preferência, seguido por João Vitor Xavier (Cidadania), com 7%; Áurea Carolina (Psol), 5%; Bruno Engler (PRTB), 4%, e Nilmário Miranda (PT), 2%.
Eleições 2020: como votar, datas e horários
O primeiro turno das eleições 2020 será em 15 de novembro e, caso seja necessário no seu município, o segundo turno será realizado em 29 de novembro de 2020. Nestas eleições, o horário de votação é das 7h às 17h. O horário entre 7h e 10h é preferencial para maiores de 60 anos.
Com as novas medidas diante da pandemia do coronavírus, preparamos um guia com tudo que você precisa saber para votar nas eleições 2020.
O que muda nas eleições 2020?
Muitas mudanças foram feitas pela Justiça Eleitoral para os candidatos a prefeito e vereador durante o período eleitoral de 2020. Além disso, os eleitores também terão de se adaptar às novas normas para os dias de votação, como a abertura antecipada das seções eleitorais e as regras de higiene que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Como justificar o voto nas eleições 2020?
Os eleitores poderão optar por justificar o voto de três formas:
- No dia das eleições: o eleitor que estiver fora de sua cidade pode justificar a ausência em qualquer local de votação, das 7h às 17h. O eleitor deverá ter o número do título, um documento oficial de identificação e o formulário de justificativa preenchido.
- Depois das eleições: preenchendo o formulário de justificativa em qualquer cartório eleitoral ou posto de atendimento ao eleitor em até 60 dias após a votação.
- A justificativa também poderá ser feita pelo celular no aplicativo e-Título.
Eleições 2020 em Belo Horizonte
Na capital mineira, 15 candidatos disputam as eleições para prefeito. Conheça quem são os candidatos e o perfil de cada na corrida rumo à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Já para vereador, Belo Horizonte conta com mais de 1,5 mil candidatos. Alguns apostaram em apelidos e codinomes bem inusitados para conseguir votos.
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Para saber mais sobre as Eleições 2020 em Minas Gerais, leia também a cobertura completa das eleições na Grande BH e nas regiões Centro-Oeste, Leste, Norte, Sul de Minas, Triângulo Mineiro e Zona da Mata.