Um dia após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspender os testes da Coronavac, vacina chinesa contra a COVID-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, em um comentário no Facebook, ter "ganhado de João Doria" (PSDB).
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Butantan diz em nota que foi "supreendido" por decisão da AnvisaAnvisa alega 'evento adverso grave' e interrompe estudos clínicos da CoronaVacMinistério da Saúde não tem acordo para aquisição da vacina PfizerLaudo do IML aponta suicídio como causa da morte de voluntário da CoronaVacGoverno de SP diz que morte de voluntário não teve relação com vacina e questiona AnvisaA declaração do presidente veio em um comentário a um apoiador que questionou se o Brasil poderia comprar e produzir a vacina.
"Morte, invalidez, anomalia... esta é a vacina que o Doria quer obrigar a todos os paulistanos tomá-la. O Presidente disse que a vacina jamais poderia ser obrigatória. Mais uma que Jair Bolsonaro ganha", disse, em resposta.
A terceira fase dos testes da vacina foi interrompida por um possível efeito adverso em um voluntário ainda não especificado pela Anvisa. O Instituto Butantan dará uma entrevista à imprensa às 11h desta terça-feira (10) para repercutir a suspensão.
A Anvisa é um órgão ligado ao governo federal e foi nominalmente citado por Bolsonaro quando ele desautorizou a compra da Coronavac pelo Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
"Precisa de uma comprovação científica e da certificação da Anvisa", disse, na época.
A interrupção dos testes é uma prática comum durante a produção de um imunizante - sobretudo na terceira fase, quando a vacina começa a ser introduzida em um maior número de pessoas. Há alguns meses, o mesmo já aconteceu com a vacina de Oxford, mas que já foi retomada.