O candidato do PT, Jilmar Tatto, seguiu à risca o roteiro adotado ao longo da campanha no debate do Estadão entre os principais postulantes à Prefeitura de São Paulo. Tatto defendeu o legado das administrações petistas na cidade e no país, atacou o PSDB e o presidente Jair Bolsonaro, bateu na tecla de que tem experiência administrativa por ter sido secretário quatro vezes e fez agrados ao eleitorado de esquerda. O encontro foi realizado nesta terça-feira, 10, em parceria com a Fundação Armando Alvares Penteado (Faap) e apoio do Twitter.
O melhor momento do petista foi quando questionou Márcio França (PSB) sobre suas ligações com Bolsonaro. "Nós fomos deputados juntos na base do ex-presidente Lula, depois você foi ser vice do PSDB, esteve com Bolsonaro e agora recebeu o apoio do (Paulo) Skaf (presidente da Fiesp e principal aliado do governo federal em São Paulo). Você estará conosco no combate ao fascismo?", questionou Tatto. França evitou dizer que fará oposição a Bolsonaro.
Em quinto lugar no Ibope com 6% das intenções de voto, o petista defendeu temas caros à esquerda como a "inversão de prioridades" em benefício da periferia, onde se encontra a maior parte do eleitorado de seu partido, e a abertura de concursos públicos para contratar profissionais de saúde. O objetivo é evitar a evasão de votos para Guilherme Boulos (PSOL) na reta final.
Além disso Tatto, sempre que possível, levou o debate para o tema dos transportes, setor no qual foi secretário nas gestões Marta Suplicy e Fernando Haddad, e tem um histórico de realizações como o Bilhete Único.
O candidato do PT também disse que vai rever os contratos com as empresas de ônibus afim de implementar promessas como a redução da tarifa para R$ 2 nos feriados e finais de semana, passe livre para pacientes com exames agendados na rede pública e a volta do prazo de quatro horas para o Bilhete Único.
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