A Polícia Federal (PF) concluiu nessa quarta-feira (11) o inquérito que investigava ameaças de atentado contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), quando este visitou Três Corações, no Sul de Minas, no fim de novembro do ano passado. A instituição, no caso, interceptou mensagens nas redes sociais onde o autor afirmava que atacaria Bolsonaro.
O ataque, de acordo com o inquérito da PF, seria feito no dia 29 de novembro do ano passado, quando Bolsonaro visitou Três Corações para uma solenidade de formatura em Unidade Militar. A investigação descobriu que um homem, de 25 anos, que trabalhava como terceirizado no local, estava divulgando mensagens com planos de atacar o presidente. O rapaz foi conduzido à Delegacia da Polícia Federal, em Varginha.
Ainda segundo a PF, o conteúdo das mensagens era distribuído em textos e vídeos, sendo que em um deles, o rapaz aparece afiando o cabo de uma escova de dente para transformá-la em um objeto perfuro-contundente, sem que fosse identificado por detectores de metal.
Durante as investigações, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em Três Corações e Alfenas. Oitivas e diligências de campo foram realizadas, além de cruzamento de informações constantes do material apreendido e periciado.
O inquérito, então, concluiu que o homem tinha planos de atentar contra Jair Bolsonaro. Desta forma, o rapaz foi indiciado pelo crime de atentado contra a liberdade pessoal do Presidente da República, sendo enquadrado na Lei de Segurança Nacional. Se condenado, o jovem pode cumprir até 12 anos de reclusão.
Em 2018, em Juiz de Fora, na Zona da Mata, Bolsonaro foi esfaqueado na região do abdômendurante campanha eleitoral para a presidência. Inquéritos da Polícia Federal afirmam que Adélio Bispo de Oliveira, autor do ataque, agiu sozinho, sem mandantes, por motivos políticos. Adélio, atualmente, cumpre medida de segurança de internação por prazo indeterminado em presídio federal em Campo Grande/MS.