Jornal Estado de Minas

DINHEIRO DE CAMPANHA

Candidato a prefeito é mantido refém em assalto em Cascalho Rico

O candidato à Prefeitura de Cascalho Rico, no Triângulo Mineiro, José Borges (PSD), foi mantido refém com a família durante um assalto em sua fazenda. Os ladrões armados procuravam “dinheiro de campanha” segundo o que foi dito por testemunhas. O neto de 2 anos do candidato estava entre os reféns, além de um vereador do município. Buscas ainda são feitas pela Polícia Militar (PM) para tentar encontrar o grupo de bandidos.





O roubo aconteceu nesta quinta-feira (12) quando cinco homens chegaram de carro à propriedade rural de Borges. Eles foram recebidos pelo vereador Júlio Resende (PSD). Os ladrões perguntaram pelo candidato a prefeito e se passaram, inicialmente, por vendedores de insumo agrícola. Logo, porém o assalto foi anunciado e o legislador foi feito de refém junto a Borges, além de esposa, filha e neto do candidato.

Armados, os ladrões mantiveram os reféns dentro da sede da fazenda enquanto procuravam o suposto dinheiro. A quadrilha ficou no local por cerca de 30 minutos e nesse tempo fez pelo menos mais cinco pessoas reféns. Todos que chegaram à fazenda eram abordados e, ao todo, dez pessoas ficaram sob a ameaça do bando. Borges e a filha foram agredidos cm chutes e tapas. Testemunhas ainda disseram que, como os ladrões não encontravam o dinheiro, a criança sofreu ameaças.

Porém, antes de ter o celular tomado, a filha de Borges conseguiu avisar o irmão do assalto. A PM foi chamada e com a chegada dos primeiros militares, os cinco ladrões fugiram da sede da fazenda pela mata aos fundos do imóvel. Eles deixaram um carro para trás e roubaram objetos pessoais das vítimas.





Buscas
Foram mobilizados policiais de Cascalho Rico, Estrela do Sul e Araguari, além de homens e o helicóptero de Uberlândia. A procura entrou pela noite, mas até amanhã desta sexta-feira (13) ninguém havia sido preso. Durante os levantamentos, mais um veículo foi encontrado abandonado nas proximidades da fazenda.

O carro usado pela quadrilha para chegar na propriedade de José Borges tinha sido roubado em Uberlândia dias antes. As placas do veículo foram trocadas para não chamar a atenção.

José Borges nem as demais vítimas quiseram conceder entrevista. Neste momento a Polícia Militar não quis vincular o roubo a um crime político.