O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho "02" de Jair Bolsonaro e principal articulador do pai nas redes sociais, afirmou, na quinta-feira (12), que "limpa a bunda" com as gravatas do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, e do general Santos Cruz. Ele rebateu críticas que ambos fizeram às declarações do presidente em relação a vacina CoronaVac, que está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan e pela farmacêutica chinesa Sinovac.
Leia Mais
Carlos Bolsonaro sobre Moro: 'Saudades de viver em um mundo onde homens eram homens'Moro vota em Curitiba e precisa aguardar na fila: 'Tem que respeitar'Após cogitar uso de 'pólvora' contra os EUA, Bolsonaro diz que militares devem ser apartidáriosBolsonaro sobre possível 2ª onda de COVID: 'Conversinha'Comandante do Exército quer política fora dos quartéis: 'Não é instituição do governo'Santos Cruz integra o rol de militares que levantaram críticas contra o governo. Bolsonaro comemorou a suspensão de testes com a vacina. "Mais uma que Jair Bolsonaro ganha", escreveu o presidente nas redes sociais, em referência ao governador de São Paulo, João Dória, que anunciou a compra de doses do medicamento.
Os testes já foram retomados, pois ficou provado que a morte de um voluntário ocorreu por suicídio, e não tem relação com imunizante.
O post foi compartilhado por Moro e virou alvo das declarações de Carlos.
Sem politização
Além deles, o comandante do Exército, general Edson Pujol também rebateu a "politização dos quartéis" e negou qualquer envolvimento político das Forças Armadas. "Não queremos fazer parte da política governamental ou política do Congresso Nacional e muito menos queremos que a política entre no nosso quartel, dentro dos nossos quartéis. O fato de, eventualmente, militares serem chamados a assumir cargos no governo, é decisão exclusiva da administração do Executivo."
Em artigo publicado no Correio, em 27/10, o general Otávio do Rêgo Barros, ex-porta-voz da Presidência, afirmou que o poder “inebria, corrompe e destrói”. Ele também criticou “seguidores subservientes” do governo, em claras críticas a Bolsonaro.