Jornal Estado de Minas

RESPOSTA

Comandante do Exército quer política fora dos quartéis: 'Não é instituição do governo'

O comandante do Exército, general Edson Pujol, afirmou nesta sexta-feira (13) que a instituição não pertence nem ao governo nem a partidos políticos. A declaração foi feita dois dias depois que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu a possibilidade do uso de “pólvora” contra os Estados Unidos. 





O general discursou durante um seminário de Defesa Nacional, promovido pelas Forças Armadas. Durante discurso, ele afirmou que os militares não querem fazer parte da política nem querem que a política “entre” nos quartéis.

"Não somos instituição de governo, não temos partido, nosso partido é o Brasil. Independentemente de mudanças ou permanências em determinado governo por um período longo, as Forças Armadas cuidam do país, da nação. Elas são instituições de Estado, permanentes. Não mudamos a cada quatro anos a nossa maneira de pensar e como cumprir nossas missões", afirmou o general. 

A declaração vem depois da polêmica envolvendo as falas do presidente. Na última quarta-feira (11), Bolsonaro defendeu o uso de "pólvora" contra os Estados Unidos caso o presidente eleito, o democrata Joe Biden, se envolva com as causas de defesa da Amazônia.

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) também falou sobre o assunto. Segundo ele, "a política não pode entrar dentro do quartel". Mourão, que é general da reserva, disse que a politização dos militares atrapalha a hierarquia e a disciplina dentro das Forças Armadas.
 
*Estagiária sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira




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