Jornal Estado de Minas

ELEIÇÕES 2020

'Quando não vota, parece que a gente não existe', diz eleitora mineira de 82 anos

Terezinha Felícia Pereira, de 82 anos, quebrou as regras rígidas do isolamento social em tempos de pandemia do novo coronavírus e foi votar. Nem precisava, mas ela fez questão. Levantou cedo neste domingo (15/11), se preparou e foi para a Escola Estadual Bias Fortes, em Alvinópolis (55 quilômetros de João Monlevade). “Eu consegui descer as escadas da minha casa sem nenhuma dificuldade”, contou, orgulhosa.




 
Na escola, cumpriu as normas de higienização para controle da COVID-19 e votou no “candidato que sabe lidar com os outros políticos e sabe o que a cidade precisa”, disse.

Aos 82 anos ela não precisava descer escadas, quebrar a quarentena, se deslocar até ao local de votação, mas fez questão. “Quando a gente não vota, parece que a gente não existe, não é?”, questionou.

A primeira vez em que votou numa eleição, foi aos 18 anos. Terezinha não se lembra se era eleição municipal ou presidencial. Mas diz que ficou toda orgulhosa em votar e escolher o candidato que julgava ser o melhor. "Sempre votei por mim mesma, pelo que manda a minha consciência", garante.

Das eleições passadas, lembra dos votos que depositou nas urnas para Juscelino Kubitscheck, quando ele se candidatou para governador de Minas e presidente da República. Terezinha disse que os votos valeram a pena, porque JK foi muito bom para Alvinópolis. “Ele até veio aqui nos visitar e resolveu um problema da água. Trouxe água lá do Campo de Aviação, água boa”, comentou.

Com o domingo ganho, como ela mesma faz questão de dizer, Terezinha disse que a pandemia do novo coronavírus assusta, mas nada melhor que superar esses tempos difíceis e exercer a cidadania, votando. “Estou viva”, disse.




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