O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) contabilizou um total de 546 urnas substituídas no Estado (317 na capital) nas eleições municipais deste domingo, 15, o correspondente a 1,7% do total de 32 mil urnas. Ainda assim não houve necessidade de apelar para a votação manual. O desembargador Cláudio Brandão de Oliveira, do TRE-RJ, afirmou que, apesar da pandemia e de algumas ocorrências policiais, a eleição transcorreu em clima de normalidade.
"As eleições no Estado do Rio transcorreram de uma forma segura. Não tivemos registro de problemas significativos que ultrapassem o que seria normal numa eleição de 12 milhões de eleitores", disse Oliveira.
O TRE-RJ ainda não tem informações sobre o número de abstenções nas eleições no Estado. "Não é possível ainda identificar esse porcentual", disse.
Foram registradas 24 ocorrências policiais relacionadas às eleições no Estado, sendo 22 com detenções, incluindo compra de votos, transporte ilegal de eleitores e agressão a um mesário em Nova Iguaçu. Segundo informações do TRE-RJ, o agressor seria o candidato a vereador Filipinho Ravi's e seus seguranças.
A Polícia Militar do Rio mobilizou um efetivo de 22.036 policiais nos 4.892 locais de votação no Estado, além de vias urbanas e rodovias. Pela primeira vez a corporação usou drones para auxiliar no patrulhamento em uma eleição.
Até o início da tarde deste domingo, 15 pessoas foram conduzidas para delegacias de área em situações envolvendo possível crime eleitoral no Estado do Rio.
Numa das ocorrências, ainda no início da manhã, policiais militares do 25ºBPM (Cabo Frio) detiveram um homem com R$ 6.200,00 em espécie, material de campanha e folha com anotações para distribuição de dinheiro no município de Armação dos Búzios. O caso foi encaminhado para a 127ª DP.
Durante o primeiro turno das eleições no Rio houve uma atuação integrada de 11 órgãos estaduais, municipais e federais: Polícia Militar, Polícia Civil, Secretaria de Administração Penitenciária, Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal, Marinha, Exército, Guarda Municipal, TRE e Ministério Público.
"Não houve violência maior. As forças de segurança atuaram de forma muito efetiva", disse o desembargador a ser questionado sobre problemas com as milícias no Rio.