Em entrevista coletiva na noite deste domingo, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, admitiu atraso na apuração dos votos nas eleições municipais de 2020. O problema ocorreu por causa de uma lentidão no processamento dos dados no sistema central do TSE em Brasília, que recebe todas as informações do Brasil inteiro e interferiu no prazo final para conclusão da contabilização dos votos.
Em nota divulgada nesta noite, o TSE informou que os técnicos resolvem o problema do atraso inesperado para a retomada mais rápida do processo de divulgação e ressaltou que o atraso não há relação com a tentativa de ataque cibernético registrada pela manhã.
Apesar do atraso, Barroso minimizou as falhas no sistema: “Não ocorreu nenhum episódio grave. Foi uma falha de hardware, como se fosse um problema no motor do carro”, afirmou. "Foi um pequeno acidente de percurso sem nenhuma vítima, salvo um atraso na divulgação final do resultado. Um atraso que, espero, seja apenas de algumas horas", diz Barroso.
O presidente do TSE garante que a totalização dos resultados pode causar atraso de algumas horas: “Temos que esperar o relatório para detectar o problema. Temos 50% das urnas apuradas no país e esperamos que o atraso seja de apenas algumas horas".
Por questões de segurança, as informações são centralizadas no sistema do TSE antes da divulgação. Por isso, cidades que já terminaram de apurar todos os votos ainda aparecem com 0% das urnas, pois todo o volume de dados aguarda a liberação do TSE.
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que, neste ano, a totalização dos votos seria concentrada no TSE, não mais nos tribunais regionais, como nos pleitos anteriores.