João Marcelo Dieguez (Cidadania) venceu as eleições municipais em Nova Lima, na Região Metropolitana de BH (RMBH), com 20.077 votos. O atual vice-prefeito travou uma disputa polêmica contra o candidato Wesley de Jesus (DEM), apoiado pelo atual prefeito, Vitor Penido (DEM).
Leia Mais
Kalil reeleito: prefeito mais rigoroso com pandemia é campeão de votoReeleito prefeito de BH, Kalil afirma: 'Agora é hora do comércio'Com mais de 30 mil votos, Duda Salabert é eleita vereadora e faz história em BHZema é derrotado em Araxá, sua terra natalEleições 2020: Duílio de Castro (Patriota) vence em Sete LagoasEleições 2020: Gleidson Azevedo é eleito prefeito de DivinópolisCarlos Bolsonaro perde posto de vereador mais votado no RJ para candidato do PSOLCelso Cota vence nos votos em Mariana, mas ainda não levou. EntendaO vice de João Marcelo é o cirurgião dentista Diogo Ribeiro (Cidadania). “É um grande amigo, de uma família simples, é empresário, está disputando as eleições pela primeira vez. Ele conhece a cidade e seus problemas, e não carrega os vícios e péssimas práticas que queremos ver longe da política”, comentou o candidato eleito.
Dieguez falou com orgulho do legado da gestão de Vitor Penido que irá levar para seu futuro mandato. “A grande conquista da atual gestão foi o reequilíbrio financeiro do município”, comemorou. A previsão é que o município encerre 2020 com mais de R$ 300 milhões em cofre, enquanto houve déficit nas gestões anteriores.
“Não é dinheiro que está lá acumulado, é dinheiro pré-estabelecido para a execução de obras que estão planejadas para serem executadas no governo de continuidade”, disse João Marcelo.
“Não é dinheiro que está lá acumulado, é dinheiro pré-estabelecido para a execução de obras que estão planejadas para serem executadas no governo de continuidade”, disse João Marcelo.
Propostas de governo
Com dinheiro em caixa, João Marcelo fala com confiança sobre os planos para sua gestão. “A prioridade vai ser reativar a economia e unificar a cidade”, afirmou. Nova Lima é conhecida por ser composta por bairros e regiões com perfis socioeconômicos muito diferentes.
“Nova Lima é tratada como cidade dos ricos, isso me incomoda. Precisamos integrar nossas realidades aqui em Nova Lima, conectar as pessoas e as oportunidades. Vamos instaurar um programa de renda mínima, o “Nova Lima cidadã”, disse.
João Marcelo apresentou como outras prioridades de seu governo a conclusão de obras já iniciadas e o apoio às cerca de 1.500 famílias em situação de desemprego devido à pandemia de COVID-19.
“O Plano Diretor também vai ser prioridade. Esperamos encaminhar nossa proposta de revisão ainda no primeiro ano de governo. Precisamos lidar com temas como déficit habitacional e ocupações irregulares”, complementou.
Campanha marcada por acusações
Wesley de Jesus, que também concorreu às eleições municipais deste ano, durante a campanha entregou uma notícia-crime ao Ministério Público Eleitoral (MPE) associando João Marcelo e seu chefe de gabinete, Leonardo Ângelo Costa Ribeiro, a uma suposta campanha de fake news.
Em outubro, áudios começaram a circular pelas redes sociais acusando Wesley de obrigar motoristas de uma cooperativa que presta serviço à Prefeitura de Nova Lima comparecerem a um evento eleitoral do tipo "drive in" com carreata e adesivamento de veículos.
Uma perícia contratada pela equipe de Wesley de Jesus alegou ter atestado que a voz que aparecia distorcida nos áudios era, na verdade, de Leonardo Ângelo, chefe de gabinete de João Marcelo.
Uma perícia contratada pela equipe de Wesley de Jesus alegou ter atestado que a voz que aparecia distorcida nos áudios era, na verdade, de Leonardo Ângelo, chefe de gabinete de João Marcelo.
João Marcelo e Leonardo negaram as acusações e também apresentaram um laudo técnico que desmentia as acusações de Wesley. João Marcelo afirmou que integra um movimento político que defende a renovação e não compactua com as velhas práticas historicamente usadas pelos mesmos grupos de poder.