Bruno Engler foi candidato a vereador por BH em 2016, mas recebeu pouco mais de dois mil votos. Em 2018, na onda do bolsonarismo, se elegeu para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais pelo PSL e obteve 120.252 votos, sendo o terceiro mais votado para o cargo no pleito. Entre as bandeiras de seu mandato estão a valorização dos agentes de segurança, a militarização de escolas públicas e a luta contra a ideologia de gênero.
Membro ativo da direita, Bruno Engler recebeu o apoio declarado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que chegou a se referir a Engler como “candidato gordinho”. Bolsonaro acolheu o deputado para uma live na quarta-feira (11). Ao lado do presidente, Engler repetiu a ‘cartilha’ ideológica de teorias da conspiração bolsonaristas: descredibilizou pesquisas eleitorais, criticou o distanciamento social na pandemia, elogiou a cloroquina, defendeu ‘valores familiares’ e disse que, caso fosse eleito, a ‘vacina da China’ não seria obrigatória em Belo Horizonte.
No início da campanha, o candidato enfrentou uma briga interna em seu partido envolvendo o registro do vice da chapa. Ele escolheu a coronel reformada da Polícia Militar, Cláudia Romualdo, para o posto de vice. A direção municipal do PRTB, contudo, designou o presidente da legenda na cidade, Mauro Quintão. A confusão foi parar nas mãos da Justiça Eleitoral, que validou Quintão como parceiro na disputa.
"A expectativa é a melhor possível. A gente fez uma campanha significativa. Ficamos em primeiro lugar nas redes sociais, sem uso de dinheiro público. Uma campanha limpa", afirmou ao Estado de Minas.
“O sistema político-partidário do Brasil é podre. Não estou dizendo que o PRTB é podre. Temos um sistema viciado, que gera muito poder aos partidos. Deveríamos ter candidaturas avulsas, mas o STF, que se acha dono do Brasil, não permite. Então, ficamos dependendo dos partidos”, disse.
No início do ano, Bruno Engler foi notícia nacional ao ser acusado de publicar um vídeo com informações falsas sobre o youtuber Felipe Neto. O vídeo circulou em diferentes redes sociais e mostrava uma montagem com imagens de crianças enquanto exibia trechos de vídeos antigos de Neto falando sobre sexo, editados para parecer conteúdo do canal do youtuber. O deputado compartilhou a postagem de um policial lotado em seu gabinete na ALMG.
*Estagiário sob supervisão da editora Liliane Corrêa