Reeleito no primeiro turno em Belo Horizonte com 63,36% dos votos, Alexandre Kalil (PSD) foi o prefeito que alcançou a maior vantagem sobre o segundo colocado entre todas as capitais do Brasil. Kalil ficou 53,41% à frente de Bruno Engler, segundo na corrida eleitoral da capital mineira, que recebeu 9,95% dos votos. Ao todo, Kalil teve 784.307 votos.
Por causa da instabilidade do sistema de apuração do Tribunal Superior Eleitoral, os números demoraram mais do que nas eleições passadas, e BH só pode conhecer o resultado das eleições municipais por volta das 22h15. O estado só chegou a 100% de urnas apuradas à 0h10 desta segunda-feira.
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Veja a lista dos 41 vereadores eleitos em Belo HorizonteSegundo turno: Boulos e Covas fazem debate tenso, porém em alto nível em São PauloKalil vence em todas as zonas eleitorais de BH, mas tem percentual abaixo da média na 'classe A'Eleições 2020: Em Confins, Pezão leva Prefeitura com vantagem de 33 votosBruno Engler é o segundo colocado menos votado da história de BHTrio é suspeito de espancar e executar jovem e esconder corpo em córrego na PampulhaComparado com outras capitais Kalil só foi superado em percentual de votos por Bruno Reis (DEM), eleito em Salvador com 64,2%. Reis teve 45,34% a mais do que a segunda colocada, Major Denice (PT), que chegou a 18,86%.
Em Curitiba, primeira capital a conhecer seu prefeito, Rafael Greca (DEM) terminou com 59,74% dos votos e venceu Goura (PDT), que alcançou 13,26% – diferença de 46,48%.
Campo Grande elegeu Marquinhos Trad, do PSD, mesmo partido de Kalil, com 52,58% dos votos. Promotor Harfouche (Avante) ficou em segundo com 11,58% – 41% a menos que o vencedor.
Tião Bocalom (PP) foi eleito em Rio Branco com 49,58% contra 22,68% de Socorro Neri (PSB), diferença de 26,9%.
Álvaro Dias (PSDB) ganhou em Natal com 56,58%, 42,2% a mais do que Senador Jean (PT) 14,38%.
Em Florianópolis, Gean (DEM) teve 53,46% da preferência do eleitorado, contra 18,13% de Professor Elson (PSOL), uma diferença de 35,33%.
E em Palmas, Cinthia Ribeiro (PSDB) venceu com 36,24%, superando em 21,72% o segundo colocado Professor Júnior Geo (PROS), que recebeu 14,52% dos votos.
Aracaju, Belém, Boa Vista, Cuiabá, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Maceió, Manaus, Porto Velho, Recife, Rio de Janeiro, São Luís, São Paulo, Teresina e Vitória terão segundo turno das eleições municipais.
Por causa dos recentes problemas de falta de energia, as eleições no Amapá – e, por consequência, na capital Macapá – foram adiadas para 13 de dezembro.
Jogo é jogado
Kalil votou por volta 9h30, na Escola Estadual Central, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Acompanhado da primeira-dama Ana Laender, o prefeito ficou aproximadamente 15 minutos no local. Ao falar com a imprensa, Kalil se mostrou confiante, porém cauteloso.
“Estou confiante. Mas como eu disse lá no início, eu vim do futebol. Nós somos do jogo de idas, se matar na ida está ótimo. Assim, dá mais tempo pra gente planejar o ano que vem. A gente ganha quase meio mês. Mas vamos esperar até as 17h”, disse.
Em 2016, a eleição de Alexandre Kalil só foi confirmada em segundo turno. No primeiro, ele recebeu 26,56% dos votos válidos. Seu adversário João Leite (PSDB) ficou com 33,40%.
No ‘jogo de volta’ Kalil conseguiu 52,98% da preferência dos eleitores de BH, contra 47,02% de João Leite.
Curiosamente, ambos têm ligação com o Clube Atlético Mineiro. João Leite foi o jogador que mais atuou pelo Galo, com 684 partidas. Ele venceu a Copa Conmebol de 1992e foi campeão mineiro 11 vezes. Já Kalil foi presidente do Atlético entre 2008 e 2014. Considerado o maior dirigente da história do clube, levou o Galo aos títulos da Copa Libertadores (2013), Copa do Brasil e Recopa Sul-Americana (2014).