O filho adotivo da deputada federal Flordelis (PSD) não conseguiu os votos suficientes para se reeleger na Câmara Municipal de São Gonçalo, no Rio de Janeiro. Foi Misael (Podemos) quem afirmou à polícia que a deputada era 'mentora intelectual' do assassinatodo pastor Anderson Rocha.
Mesmo se afastando da mãe, ele teve 2.023 votos.
“Infelizmente, faltaram apenas cinco votos para nossa reeleição. A missão continua”, escreveu Misael nas redes sociais.
Misael não foi eleito devido à regra do quociente partidário, que indica o número de vagas que o partido obteve. O candidato do Podemos que ficou com a vaga foi Mariola, que teve 2.027 votos.
O agora ex-vereador é filho adotivo do casamento de Anderson e Flordelis.
No ano passado, o pastor foi executado com mais de 30 tiros na porta da casa do casal em Pendotiba, Niterói (RJ). Na época do assassinato, Flordelis afirmou que se tratava de um assalto.
Apesar disso, a investigação conduzida pelo Ministério Público e pela Polícia Civil não demorou muito para encontrar divergências nos depoimentos, além de outras evidências.
O depoimento
De acordo com a investigação, a família tentou esconder as evidências dos crimes chegando até mesmo fazer uma fogueira no quintal da casa para destruir provas.
Os policiais acreditam que Flordelis tentou assassinar o pastor pelo menos seis vezes por envenenamento, além de contratar pistoleiros em outras duas vezes.
Os policiais acreditam que Flordelis tentou assassinar o pastor pelo menos seis vezes por envenenamento, além de contratar pistoleiros em outras duas vezes.
Foi o ex-vereador Misael que afirmou para polícia que Flordelis era “mentora intelectual” do assassinato. Ele relatou que a deputada teria revelado aos filhos que tinha quebrado o celular do marido e que achava que Anderson estava “dando a volta nela” em relação às finanças da família.
Sob a benção da mãe, Wagner Andrade Pimenta – nome de nascimento de Misael – se elegeu para vereador de São Gonçalo pela primeira vez nas eleições de 2016. Na época, ele se identificava como “Misael da Flordelis”.
*Estagiária sob supervisão da editora Liliane Corrêa