Na atual legislatura, há apenas quatro mulheres. Por isso, Marli comemora o crescimento. “Esse foi um salto importante para a representatividade feminina e para termos um parlamento mais forte e representativo”.
Embora se defina como “entusiasta” de Alexandre Kalil (PSD), reeleito prefeito, a futura parlamentar evita se colocar como integrante da base aliada — ou da oposição. Prefere pregar a independência para analisar, caso a caso, projetos e temáticas em pauta. Defensora das pessoas com doenças raras, Marli coloca a luta pelos invisibilizados como uma de suas prioridades. Ao Estado de Minas, ela projetou o futuro mandato.
Qual será sua principal causa na Câmara?
Minha missão é cuidar das pessoas com deficiência e doenças raras. Quero dar voz às milhares de famílias que vivem, hoje, na invisibilidade e trabalhar para construir uma sociedade verdadeiramente inclusiva.
Como avalia o trabalho feito pelo Legislativo? O que pode melhorar?
Há muito trabalho pela frente. Política se faz com diálogo. Espero que, em nossa legislatura, possamos agir unidos, a fim de melhorar a vida da população. Estou confiante que podemos fazer muito e quero dar a minha contribuição.
A composição da Câmara passou a ter 11 mulheres. Eram quatro. Como avalia esse salto?
Tenho certeza que a cidade ganhará muito com mais mulheres na Câmara. Somos a maioria do eleitorado e não ocupávamos nem 10% das cadeiras. Foi um salto importante para a representatividade feminina e para termos um parlamento mais forte e representativo da sociedade.
Como a senhora vê a nova Câmara de BH?
A cidade fez sua escolha nas urnas e optou por uma renovação significativa. Fiquei feliz, sobretudo, pelo número de mulheres eleitas. Espero que possamos construir uma cidade mais inclusiva.
A senhora, a princípio, se coloca como base ou oposição ao governo?
Não quero me colocar como base nem oposição. Não represento nenhum extremo. Tudo aquilo que for bom para a cidade, o governo contará com o meu apoio. Aquilo que considerar ruim, não deixarei de criticar e, também, de propor alterações. Como disse, acredito que política se faz com diálogo. Mas não posso deixar de registrar que sou uma entusiasta do governo Kalil. Acredito que ele fez um belo trabalho no primeiro mandato e assim torço para que seja no segundo, principalmente para os que mais precisam.
A senhora projeta estabelecer parcerias com os gabinetes de seu esposo, Zé Guilherme, e de seu filho, Marcelo Aro?
É importante registrar que os mandatos de Marcelo Aro e Zé Guilherme foram e são importantíssimos para as pessoas com deficiência e doenças raras. Foi com esses mandatos que conseguimos avanços históricos nessa causa. Por isso, tenho muito orgulho de tudo que foi feito e do que ainda será construído. Terei parcerias com eles e com todo parlamentar que tiver o mesmo objetivo que o meu: transformar a vida da parcela mais vulnerável da sociedade.