Como era esperado, o primeiro debate do segundo turno das eleições 2020 em São Paulo, entre Guilherme Boulos (PSOL) e o atual prefeito Bruno Covas (PSDB), candidato à reeleição, foi tenso, porém em alto nível. O encontro desta segunda-feira entre os concorrentes à Prefeitura da capital paulista foi realizado pelo canal de TV CNN e pelo portal Uol.
Boulos foi mais combativo e, por várias vezes, associou seu adversário ao ex-prefeito e atual governador de São Paulo, João Doria e ao presidente da República, Jair Bolsonaro, citando inclusive a ‘coligação’ informal BolsoDoria, criada nas eleições de 2018. Covas era vice de Doria e assumiu a Prefeitura quando o cabeça da chapa deixou o cargo para disputar – e vencer – as eleições para o governo.
Covas rebateu afirmando ele – e não Doria – é o candidato e que o foco do debate era discutir ideias para melhorar a vida dos paulistanos, e não discutir antigos apadrinhamentos políticos dos concorrentes.
Em diversas oportunidades, o prefeito alfinetou seu oponente, citando um suposto desconhecimento da administração pública e a falta de experiência de Boulos, ao que o ‘desafiante’ respondeu que tem 20 anos de experiência em movimentos sociais, conhecendo de perto os problemas dos habitantes da cidade.
Houve troca de acusações sobre equívocos nas administrações anteriores e na atual. Boulos criticou Covas por não ter, na sua visão, agido corretamente para resolver problemas graves da capital, como das pessoas em situação de rua, dos dependentes químicos frequentadores da 'crackolândia' e dos impactos da pandemia de COVID-19 em São Paulo.
Do outro lado, Covas desaprovou a administração de Fernando Haddad, do PT, ex-partido de Luiza Erundina, vice de Boulos, de também não ter conseguido resolver os mesmo problemas e ainda ter deixado a cidade afundada em dívidas.
Um dos momentos mais acalorados foi durante a abordagem do tema moradia, tema defendido por Boulos durante sua trajetória em movimentos sociais. Nesse momento, Covas citou ações realizadas por sua administração e citou uma proposta de criar parcerias público-privadas.
“Demos isenção de IPTU e ITBI para viabilizar a construção de habitação de interesse social em São Paulo. Foi uma forma que a Prefeitura encontrou de retomar obras que foram iniciados estavam paradas por causa do fim do programa Minha Casa Minha Vida, deixaram de ter aporte de recursos do governo federal. Pretendemos seguir nessa linha de busca de parcerias, para facilitar também a construção pela iniciativa privada nos próximos anos. Gera emprego e ajuda reduzir o déficit habitacional”, disse o atual prefeito, candidato à reeleição.
Como resposta, Boulos acusou Covas e Doria de terem uma espécie de “tara” pela ideia de que o mercado resolve tudo e disse que ambos não conhecem as pessoas. “Vocês insistem que o mercado vai resolver o problema da moradia porque não conhecem a vida das pessoas. Pessoas que moram em encostas, que moram de favor ou têm que escolher entre pagar aluguel ou comprar comida. Não conheço essas pessoas por estatística. Conheço por nome”, replicou.
Nas eleições municipais deste ano, 57 cidades com mais de 200 mil habitantes terão disputa para prefeito no segundo turno, marcado para 29 de novembro.
Nessas localidades, que incluem 18 capitais, a campanha recomeçou nesta segunda-feira. Nenhum dos candidatos que disputam o segundo turno pode ser detido ou preso a partir desta segunda-feira até a votação, salvo no caso de flagrante delito, conforme previsto pelo Código Eleitoral.
Boulos foi mais combativo e, por várias vezes, associou seu adversário ao ex-prefeito e atual governador de São Paulo, João Doria e ao presidente da República, Jair Bolsonaro, citando inclusive a ‘coligação’ informal BolsoDoria, criada nas eleições de 2018. Covas era vice de Doria e assumiu a Prefeitura quando o cabeça da chapa deixou o cargo para disputar – e vencer – as eleições para o governo.
Covas rebateu afirmando ele – e não Doria – é o candidato e que o foco do debate era discutir ideias para melhorar a vida dos paulistanos, e não discutir antigos apadrinhamentos políticos dos concorrentes.
Em diversas oportunidades, o prefeito alfinetou seu oponente, citando um suposto desconhecimento da administração pública e a falta de experiência de Boulos, ao que o ‘desafiante’ respondeu que tem 20 anos de experiência em movimentos sociais, conhecendo de perto os problemas dos habitantes da cidade.
Houve troca de acusações sobre equívocos nas administrações anteriores e na atual. Boulos criticou Covas por não ter, na sua visão, agido corretamente para resolver problemas graves da capital, como das pessoas em situação de rua, dos dependentes químicos frequentadores da 'crackolândia' e dos impactos da pandemia de COVID-19 em São Paulo.
Do outro lado, Covas desaprovou a administração de Fernando Haddad, do PT, ex-partido de Luiza Erundina, vice de Boulos, de também não ter conseguido resolver os mesmo problemas e ainda ter deixado a cidade afundada em dívidas.
Um dos momentos mais acalorados foi durante a abordagem do tema moradia, tema defendido por Boulos durante sua trajetória em movimentos sociais. Nesse momento, Covas citou ações realizadas por sua administração e citou uma proposta de criar parcerias público-privadas.
“Demos isenção de IPTU e ITBI para viabilizar a construção de habitação de interesse social em São Paulo. Foi uma forma que a Prefeitura encontrou de retomar obras que foram iniciados estavam paradas por causa do fim do programa Minha Casa Minha Vida, deixaram de ter aporte de recursos do governo federal. Pretendemos seguir nessa linha de busca de parcerias, para facilitar também a construção pela iniciativa privada nos próximos anos. Gera emprego e ajuda reduzir o déficit habitacional”, disse o atual prefeito, candidato à reeleição.
Como resposta, Boulos acusou Covas e Doria de terem uma espécie de “tara” pela ideia de que o mercado resolve tudo e disse que ambos não conhecem as pessoas. “Vocês insistem que o mercado vai resolver o problema da moradia porque não conhecem a vida das pessoas. Pessoas que moram em encostas, que moram de favor ou têm que escolher entre pagar aluguel ou comprar comida. Não conheço essas pessoas por estatística. Conheço por nome”, replicou.
Segundo turno
Bruno Covas foi o candidato mais votado nesse domingo em São Paulo. O prefeito recebeu 1.754.013 votos (32,85%). Guilherme Boulos foi votado por 1.080.736 eleitores (20,24%).Nas eleições municipais deste ano, 57 cidades com mais de 200 mil habitantes terão disputa para prefeito no segundo turno, marcado para 29 de novembro.
Nessas localidades, que incluem 18 capitais, a campanha recomeçou nesta segunda-feira. Nenhum dos candidatos que disputam o segundo turno pode ser detido ou preso a partir desta segunda-feira até a votação, salvo no caso de flagrante delito, conforme previsto pelo Código Eleitoral.