Jornal Estado de Minas

POLÍTICA

Reeleito com 92% dos votos, prefeito de Serra do Salitre celebra vitória: 'Resultado do trabalho'

Um dos prefeitos mais bem votados proporcionalmente em Minas Gerais, com 92,26% dos votos válidos em Serra do Salitre, na Região do Alto Paranaíba, Joca Silveira (Avante) garante a vitória expressiva ao resultado da gestão nos últimos quatro anos. Ele foi reeleito para o próximo mandato com 30,29% votos a mais que em 2016.





“Isso é resultado do trabalho da minha equipe, de tudo feito nesses anos. Foi um mandato voltado para todo o município, sem politicagem. Olhamos todos da mesma forma e sem nota grupo político. E na saúde e educação fizemos investimos, aí conseguimos essa votação expressiva”, contou ao Estado de Minas.

Joca e sua vice, Izael, conseguiram 6.712 dos 7.275 votos válidos na cidade. O prefeito conta que o município, com população de 11.668 pessoas, evoluiu na atual gestão e já elencou o principal problema para o próximo mandato: o saneamento básico.

“Na educação, temos seis escolas do município e três do estado. Reformei cinco e construí uma das seis. Para a infância, temos duas. Reformei uma delas e ampliarei ela. Talvez sejamos uma das primeiras cidades do Brasil que vai acabar com a fila de espera das creches. Na saúde, reformei postos e construí mais três, além de uma unidade básica. No nosso hospital reabrimos bloco cirúrgico, e praticamente saímos de 17 leitos para 42, além de ser essa referência aqui na região. Além de reformas em praças públicas”, pontuou.





“Para o futuro, vejo que o maior problema é a infraestrutura. Tem o problema do tratamento de esgoto, não é fácil, é caro, a estação do tratamento é um dos maiores desafios. São R$ 8 milhões para resolver isso, e estamos pleiteando junto à Funasa (Fundação Nacional de Saúde). Tem também questão de resíduos sólidos, que ainda carece, e buscamos junto à Amapar fazer um aterro controlado. É algo que nos preocupamos muito”, completa.

Joca começou na política em 2016, ano em que venceu a primeira eleição que disputou. Anteriormente, o hoje prefeito trabalhava no ramo do agronegócio, especialmente com café (a cidade, inclusive, tem um problema de exploração de trabalho no setor). O prefeito se considera “de centro” e não vê motivos para se caracterizar de um lado político.

“Sou mais de centro. Não sou mais voltado nem pela esquerda nem por outra. Não me considerando tanto político, me tornei político. Apesar de ter um histórico político na família, nunca tinha me envolvido até 2016, quando fui eleito pela primeira vez e com a campanha. Vi a necessidade de uma mudança, uma renovação, até por insatisfação, eu me envolvi. Aqui na região, em praticamente todas as cidades, Carmo do Paranaíba, Rio Paranaíba, aconteceu isso. As pessoas saíam da vida privada ao público, pois questionamos. A partir disso, a gente apostou que dava para fazer e que tínhamos como trabalhar melhor. Não sou nem direita e nem esquerda. Porque o que tem de bom temos que aproveitar, independente de lado”, afirmou.





Em 2020, Joca deixou o PV e migrou para o Avante, a convite do deputado estadual Bosco (Avante). “Foi neste ano mesmo, no início, pensando nas eleições, mais para manter uma base política que já tínhamos com o deputado. O acesso da gente para buscar emendas, pelo governo, é por meio de um bom relacionamento com os deputados. Tendo isso em mente, tive que mudar”, explicou.

Joca também contou que a cidade seguiu a linha do programa Minas Consciente para lidar com a pandemia do novo coronavírus. “A gente alinhou com o Minas Consciente, e na nossa região, no município, foi referência. Das pequenas, foi uma das que montou um pequeno hospital de campanha com 35 leitos, com toda uma estrutura que tínhamos para dar suporte. Acabamos virando referência e deu maior segurança para caminhar, pois onde tem trabalho, honestidade e transparência credencia qualquer gestor a colocar o nome novamente à reeleição”.

O prefeito reeleito ainda não sabe qual será o próximo passo na política. Ele também não descarta tentar um cargo futuro, por exemplo, como deputado estadual.

“Difícil fazer projeções desse nível para o futuro, é complicado. Mas minha intenção é fazer uma análise com o grupo e fazer o que for melhor ao município, e assim tomaremos a melhor medida. Ainda temos que aguardar. Devido ao tamanho da cidade, é difícil sair para deputado estadual, mas não muda a chance. Se tiver uma base bem plantada na região dá para seguir isso sim”, finalizou.




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