A nova composição da Câmara Municipal de João Monlevade, que estava formada por 15 vereadores eleitos no dia 15/11, sem nenhuma vereadora, poderá ter, em 2021, 14 vereadores e uma vereadora. Andrea Peixoto Correa Martins (PTB), a Andrea da Saúde, ganhou o direito de ocupar uma cadeira por decisão do TRE, que derrubou por 4 votos a 3, uma sentença da justiça eleitoral de João Monlevade, que havia impugnado a candidata de Andréa da Saúde em 19/10.
A impugnação foi resultado da sentença do juiz da 150ª Zona Eleitoral de João Monlevade, Estevão José Damaso, que acatou uma ação proposta pelo advogado e candidato a vereador Gleidson Caetano (Podemos).
O advogado sustenta que Andrea deixou o cargo de secretária municipal de Saúde para se candidatar a vereadora, mas continuou a exercer o cargo, porém como secretária-adjunta. E entendeu que ela não poderia ser candidata por não cumprir os prazos legais de desincompatibilização da função que ocupava.
Gleidson disse que apresentou provas de que Andréa cumpria as mesmas funções de secretária como secretária-adjunta, fato que foi decisivo para o juiz eleitoral não acatar o registro de candidatura da ex-secretária.
Os advogados de Andrea da Saúde recorreram da decisão do Juiz Eleitoral e tiveram êxito. Andréa, que obteve 717 votos, foi declarada eleita pelo TRE. Ela disse que durante toda a campanha se manteve tranquila, pois sabia que a acusação contra ela era improcedente.
“Confiei no trabalho dos meus advogados e cumpri todas as regras da legislação eleitoral durante a campanha. Foi muito gratificante conhecer histórias das pessoas, a realidade e a vida do povo de João Monlevade”, disse.
Andrea disse também que a decisão judicial que lhe garantiu o direito de assumir uma cadeira na Câmara foi recebida com alegria, por ela e por sua família. “Assim que a decisão saiu, comecei a receber ligações dos amigos, apoiadores e pessoas depositaram a confiança em meu nome”.
Com a vitória de Andrea da Saúde, quem perdeu a vaga foi Vanderlei Miranda (PL), candidato a vereador que recebeu 566 votos. Embora ele não tenha participação na ação impetrada pelo advogado Gleidson Caetano, disse torce para que o TSE derrube a decisão do TRE, que garantiu a vaga para Andréa. “Tenho expectativa, sim, de que o caso seja reanalisado. Evidentemente, não é uma questão pessoal, e respeitarei a decisão da Justiça”, disse.
Nesta quinta-feira, Gleidson Caetano concluiu a redação de um novo recurso contra a decisão do TRE. Ele ainda vai entrar com o recurso, talvez nesta sexta-feira (20/11), e tem esperança em obter o mesmo êxito que obteve quando impetrou a ação que pediu a impugnação da candidatura de Andrea da Saúde.
Gleidson Caetano, que foi candidato a vereador e ficou como suplente, por ter obtido 380 votos. Se Andréa não puder assumir a cadeira na Câmara, por decisão do TSE, quem assume é Vanderlei Miranda. Gleidson Caetano continuará como suplente. “Eu estou nessa luta apenas para fazer valer a Justiça”, disse.