Em março de 2017, cerca de 30 índios de Muquém de São Francisco, na Bahia, ocuparam o terreno de 60 hectares que fica no Bairro Rio Verde, zona rural do município de Caldas, a 30 quilômetros de Poços. Eles construíram casas e passaram a plantar alimentos para subsistência, mas foram despejados.
A propriedade pertence à Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) que entrou com um pedido de reintegração de posse. A tribo foi acolhida em uma região quilombola onde também existia uma ocupação de trabalhadores rurais sem-terra, em Patos de Minas, no Alto Paranaíba.
Alguns meses depois, os índios voltaram à zona rural de Caldas e alegaram que o assentamento para onde haviam sido levados não oferecia condições de sobrevivência.
A Fundação Nacional do Índio (Funai) foi comunicada e tentava negociar com o estado, mas a volta da tribo ainda era definida como uma invasão. A deputada Andréia de Jesus participou de um evento da fundação e iniciou a formulação da proposta.
“O objetivo desse projeto é a regularização e demarcação do território. Foi um compromisso que assumimos no ano passado e que estamos entregando”, informou a deputada.
O projeto não recebeu votos contrários no primeiro turno. O próximo passo é uma nova avaliação da Comissão de Administração Pública. Em seguida, será votado em segundo turno. A previsão é que em alguns dias o projeto seja encaminhado para a sanção do governador Romeu Zema.
O Ministério da Economia, por meio da Superintendência do Patrimônio da União em Minas Gerais, informou que aguarda o envio da Lei Estadual.