O candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, recebeu nesta quinta-feira, 26, o manifesto de apoio de empresários e agentes do mercado financeiro com os quais tem se reunido com frequência desde o início da campanha eleitoral. No texto assinado como #votoboulosmepergunteporque, o candidato é tratado como empreendedor social e, em conversas reservadas, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) é comparado a uma startup de sucesso.
Integrantes deste grupo trabalham junto com a coordenação do plano de governo de Boulos com o objetivo de tornar as propostas mais condizentes com as expectativas do mercado financeiro. Uma das sugestões é incluir pontos dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) e estipular métricas para as políticas ambientais propostas pelo candidato. Além disso, eles estão ajudando a fazer as contas sobre o custo das promessas e as possíveis fontes de recursos.
O manifesto é assinado pelo ex-banqueiro Eduardo Moreira, pelo empresário do agronegócio Luis Rheingatntz, o empreendedor social Marcel Fukayama, as empresárias Nina Silva e Eliana Lopes, entre outras pessoas.
O objetivo das reuniões que Boulos vem tendo com empresários, segundo integrantes do grupo, é tentar desfazer preconceitos dos agentes do mercado em relação a Boulos e aproximar o candidato dos escritórios da Avenida Faria Lima, centro econômico da cidade.
O último encontro, realizado terça-feira, 24, reuniu cerca de 50 pessoas. Entre os participantes das conversas estiveram CEOs e CFOs de grandes bancos europeus, diretores e executivos de instituições brasileiras. Quem intermediou os contatos foi a produtora cultural Paula Lavigne, uma das maiores doadoras individuais da campanha do PSOL, com R$ 100 mil. Em uma das primeiras reuniões, Boulos disse em tom de brincadeira que não podia falar dos encontros para o MTST.
O manifesto entregue nesta quinta-feira trata Boulos como empreendedor social. "Boulos é um bem sucedido empreendedor social e político. Fundou e lidera um movimento social que, em duas décadas, apesar da restrição orçamentária, garantiu moradia para mais de vinte mil pessoas e atua em 14 Estados", diz o manifesto.
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