Eleito com 8.072 votos, Walter Tosta (PL) voltará à Câmara Municipal de Belo Horizonte após 14 anos. Em 2007, interrompeu a década como vereador para assumir o posto de deputado estadual. Depois, chegou à Câmara Federal. Sem conseguir retornar a Brasília nos pleitos de 2014 e 2018, assume, em janeiro, uma das 41 vagas do legislativo da capital. Ao Estado de Minas – em entrevista que compõe a série de sabatinas aos integrantes da próxima composição do Parlamento –, Tosta, 64 anos e cadeirante desde os 15, quando foi baleado, diz que defender idosos e pessoas com deficiências físicas é a prioridade do futuro mandato.
Uma das bandeiras encampadas por ele é a retomada dos auxiliares de bordo nos coletivos que rodam a cidade. “Hoje, pelo motorista estar sozinho, não tem, às vezes, a oportunidade de parar o ônibus e receber o cadeirante por não ter quem acione o elevador”, aponta. Antes da eleição municipal, Tosta e o PL se envolveram em um impasse interno. Presidente municipal da legenda, ele queria apoiar Professor Wendel Mesquita (Solidariedade) na corrida à prefeitura. A direção estadual da sigla, contudo, decidiu fechar acordo com João Vítor Xavier (Cidadania). O vereador eleito nega que a situação tenha gerado desgastes e, mesmo tendo composto chapa que rivalizou com Alexandre Kalil (PSD), quer compor a base aliada ao governo.
Uma das bandeiras encampadas por ele é a retomada dos auxiliares de bordo nos coletivos que rodam a cidade. “Hoje, pelo motorista estar sozinho, não tem, às vezes, a oportunidade de parar o ônibus e receber o cadeirante por não ter quem acione o elevador”, aponta. Antes da eleição municipal, Tosta e o PL se envolveram em um impasse interno. Presidente municipal da legenda, ele queria apoiar Professor Wendel Mesquita (Solidariedade) na corrida à prefeitura. A direção estadual da sigla, contudo, decidiu fechar acordo com João Vítor Xavier (Cidadania). O vereador eleito nega que a situação tenha gerado desgastes e, mesmo tendo composto chapa que rivalizou com Alexandre Kalil (PSD), quer compor a base aliada ao governo.
Evangélico, vai engrossar a bancada cristã da Casa. Questionado pela reportagem sobre como votaria em projetos de cunho moral, como o Escola sem Partido, que ainda não foi analisado em segundo turno, Tosta se esquivou. “Vamos analisar junto à bancada para ver a melhor forma de fazer com que esse projeto não agrida a palavra de Deus, cujo nosso objetivo maior é defender”. Aprovada em primeiro turno no ano passado, a proposta visa proibir professores de emitir opiniões políticas em sala. Ele garante, ainda, não cogitar concorrer a deputado federal na próxima eleição. “Não penso, no momento, em disputar”, assegura.
Qual será a principal bandeira de seu mandato?
Há 42 anos trabalho em prol das pessoas com deficiência e dos idosos. Minha bandeira é a ação social. Temos um projeto chamado União dos Paraplégicos de Belo Horizonte (Unipabe), que fundei há 42 anos, e atua nas comunidades.
O senhor já sabe o primeiro projeto de lei que pretende apresentar?
A prioridade é a permanência dos trocadores de ônibus por conta da assessoria ao embarcar os cadeirantes nos coletivos. Quando vereador, no passado, aprovei (na verdade, propôs) a lei da implantação dos elevadores hidráulicos. Hoje, pelo motorista estar sozinho, não tem, às vezes, a oportunidade de parar o ônibus e receber o cadeirante por não ter quem acione o elevador. Uma de nossas metas é mover Executivo e empresas para trazer de volta os trocadores.
O senhor, a princípio, se coloca como base ou oposição ao governo?
Sou situação ao governo Kalil. Tenho o maior prazer em ajudar o Executivo quando entendermos que as ações são em prol da cidade.
O seu partido passou por desgastes pré-eleitorais. O senhor queria apoiar Wendel Mesquita, mas a direção estadual firmou acordo com João Vítor Xavier. Pensa que isso pode atrapalhar sua relação com Léo Portela, representante do PL na Assembleia?
Não houve desgaste. O processo eleitoral se dá dessa maneira. Você conversa com vários candidatos ao Executivo e é óbvio que há algumas preferências. No final, houve o entendimento de que o João Vítor seria, naquele momento, a melhor opção para que a gente tivesse a oportunidade de disputar a eleição.
O senhor já foi deputado federal. Tem a intenção de voltar à Câmara dos Deputados em 2022? Como garantir ao eleitor que cumprirá o mandato de vereador?
Não tenho esse pensamento no momento. Disputamos a eleição passada, estávamos na segunda suplência, existe a possibilidade de eleger uma deputada (Margarida Salomão, do PT, em Juiz de Fora) e, aí, entraria o primeiro suplente (Aelton Freitas, do PL). Meu projeto, agora, é Belo Horizonte. Não sei avaliar se, no futuro, estaria com disponibilidade para disputar novamente. Quero tomar posse e resgatar tudo o que conquistamos no passado e que, de alguma maneira, viemos perdendo ao longo do tempo com o desgaste dos Executivos, e tentar fazer com que o Legislativo municipal tenha grandes representantes. Que a gente possa ter, em nosso segmento, uma conquista ainda maior. O futuro a gente vai deixar para adiante, para analisar isso com calma. (Sobre) 2022, vamos aguardar. Não penso, no momento, em disputar.
Além dos deficientes e dos idosos, pretende encampar outra bandeira na Câmara?
Sou integrante da Igreja Batista Getsêmani, evangélico há 23 anos, e, se Deus permitir, vamos continuar e faremos parte da bancada evangélica.
Se chegarem pautas de cunho moral, como o 2° turno do Escola sem Partido, o senhor pretende votar a favor?
Vamos analisar junto à bancada para ver a melhor forma de fazer com que esse projeto não agrida a palavra de Deus, cujo nosso objetivo maior é defender.