Considerada a "joia da coroa" por pavimentar os caminhos das eleições estadual e presidencial, a disputa pela prefeitura de São Paulo neste ano, amena no início, esquentou na reta final em um pleito com vices sob holofotes. Ainda que mantenha vantagem em pesquisas de intenção de voto, o candidato à reeleição Bruno Covas (PSDB) pode perder o cargo para Guilherme Boulos (PSOL), filiado a um partido que nunca esteve no segundo turno da capital e impossibilitado de votar. Ele está em isolamento social após testar positivo para COVID-19.
Com a vitrine do combate à pandemia, Covas quer repetir o feito inédito de Gilberto Kassab (PSD) e se tornar o segundo prefeito a conquistar a reeleição na história da capital paulista. Ele conta com o apoio do governador João Doria (PSDB), mas manteve o aliado, com rejeição significativa na capital, sob discrição desde a pré-campanha. Embarcaram no voo tucano candidatos derrotados no primeiro turno, como Celso Russomanno (Republicanos) e Joice Hasselmann (PT).
Já Boulos chega às urnas tentando guinar o maior colégio eleitoral do país de novo à esquerda. Tem apoio de lideranças políticas como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT). Os candidatos do primeiro turno Jilmar Tatto (PT), Orlando Silva (PCdoB) e Marina Helou (Rede) também estão com Boulos. "A coalizão que PSOL construiu no segundo turno foi mais ampla do que estava acostumada a fazer", comentou ao Broadcast Político a cientista política Graziella Testa, da Fundação Getulio Vargas, ressaltando o fim da dicotomia PT x PSDB no município.
Se os desdobramentos da COVID-19 desenharam um cenário favorável para prefeitos já nos cargos e experientes em todo o País, como diz a maioria dos especialistas, o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), sem nunca ter conquistado um cargo eletivo, quer surpreender e se tornar exceção à regra.
O afunilamento da corrida na reta final, aferido em pesquisas de intenção de voto, veio junto a certo ganho de atenções dos candidatos a vice-prefeito. Polêmicas envolvendo o companheiro de chapa de Bruno Covas, Ricardo Nunes (MDB), passaram a ser cada vez mais exploradas pela campanha adversária. Em 2011, a esposa de Nunes registrou um boletim de ocorrência por agressão contra o hoje vereador. Ainda pesa sobre ele a revelação, feita pelo Estadão/Broadcast, de que uma empresa de sua família recebeu dinheiro de creches conveniadas pela prefeitura para a prestação de serviços sem licitação.
Como mostrou o Broadcast Político, o PSDB, em reação, patrocinou anúncios na internet com informações positivas sobre o emedebista, estratégia confirmada à reportagem pela campanha.
Ao mesmo tempo em que trouxe Nunes para o debate, o PSOL ampliou o destaque dado à vice de Boulos, a ex-prefeita e deputada federal Luiza Erundina (PSOL). Ela tem grande recall nas periferias e, que completa 86 anos na próxima segunda-feira, assumiu a campanha de rua na véspera da eleição, quando Boulos precisou se isolar.
Com a vitrine do combate à pandemia, Covas quer repetir o feito inédito de Gilberto Kassab (PSD) e se tornar o segundo prefeito a conquistar a reeleição na história da capital paulista. Ele conta com o apoio do governador João Doria (PSDB), mas manteve o aliado, com rejeição significativa na capital, sob discrição desde a pré-campanha. Embarcaram no voo tucano candidatos derrotados no primeiro turno, como Celso Russomanno (Republicanos) e Joice Hasselmann (PT).
Já Boulos chega às urnas tentando guinar o maior colégio eleitoral do país de novo à esquerda. Tem apoio de lideranças políticas como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT). Os candidatos do primeiro turno Jilmar Tatto (PT), Orlando Silva (PCdoB) e Marina Helou (Rede) também estão com Boulos. "A coalizão que PSOL construiu no segundo turno foi mais ampla do que estava acostumada a fazer", comentou ao Broadcast Político a cientista política Graziella Testa, da Fundação Getulio Vargas, ressaltando o fim da dicotomia PT x PSDB no município.
Se os desdobramentos da COVID-19 desenharam um cenário favorável para prefeitos já nos cargos e experientes em todo o País, como diz a maioria dos especialistas, o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), sem nunca ter conquistado um cargo eletivo, quer surpreender e se tornar exceção à regra.
O afunilamento da corrida na reta final, aferido em pesquisas de intenção de voto, veio junto a certo ganho de atenções dos candidatos a vice-prefeito. Polêmicas envolvendo o companheiro de chapa de Bruno Covas, Ricardo Nunes (MDB), passaram a ser cada vez mais exploradas pela campanha adversária. Em 2011, a esposa de Nunes registrou um boletim de ocorrência por agressão contra o hoje vereador. Ainda pesa sobre ele a revelação, feita pelo Estadão/Broadcast, de que uma empresa de sua família recebeu dinheiro de creches conveniadas pela prefeitura para a prestação de serviços sem licitação.
Como mostrou o Broadcast Político, o PSDB, em reação, patrocinou anúncios na internet com informações positivas sobre o emedebista, estratégia confirmada à reportagem pela campanha.
Ao mesmo tempo em que trouxe Nunes para o debate, o PSOL ampliou o destaque dado à vice de Boulos, a ex-prefeita e deputada federal Luiza Erundina (PSOL). Ela tem grande recall nas periferias e, que completa 86 anos na próxima segunda-feira, assumiu a campanha de rua na véspera da eleição, quando Boulos precisou se isolar.