Após uma disputa intensa nos bastidores do Judiciário fluminense, o Tribunal de Justiça do Rio escolheu seu novo presidente: o desembargador Henrique Carlos de Andrade Figueira. Com 95 dos 177 votos computados, ele superou Bernardo Garcez, atual corregedor do TJ, que foi escolhido por 78 colegas. Quatro magistrados votaram branco ou nulo.
Leia Mais
Câmeras registraram senador acusado de estupro chegando com modelo em flat de SPKalil no Roda Viva: prefeito de BH é o entrevistado desta segunda (30/11) Wajngarten analisa eleições e diz que Bolsonaro 'eliminou a esquerda'O presidente da Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj), Felipe Gonçalves, ao lado do presidente eleito do Tribunal de Justiça do Rio, Henrique Carlos de Andrade Figueira. Foto: Divulgação
Garcez, por sua vez, era o candidato preferido de quem não tem tantas relações com o grupo mais poderoso da Justiça do Rio. À frente da Corregedoria, ele despertou a ira de associações e sindicatos, que veem na atuação dele um modo autoritário de conduzir as fiscalizações. Segundo Garcez, 'os juízes se desacostumaram a ser fiscalizados', como já disse em entrevista ao Estadão.
Na semana retrasada, Garcez visitou o presidente Jair Bolsonaro em Brasília. Oficialmente, o encontro se deu a partir de convite da Secretaria de Modernização do Estado - o desembargador nega que tenha conversado sobre a investigação contra o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), cuja denúncia está no Órgão Especial do TJ.
Henrique Figueira é irmão de João Pedro Campos de Andrade Figueira, que foi deputado estadual no Rio e ocupou secretaria na prefeitura durante a gestão Cesar Maia (PFL, hoje DEM). Atualmente, assim como o irmão de Zveiter, João Pedro tem um escritório de advocacia.