Um dos problemas de Belo Horizonte listados pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD), em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira (30/11), foi a situação do transporte coletivo na capital. Ele disse que vai criar uma supersecretaria que cuidará da pasta e das grandes obras da cidade, que será chefiada pelo vice-prefeito eleito, Fuad Nomam.
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“São assuntos que devem ser enfrentados. Veio o Uber, o táxi- lotação... A situação do transporte está um ninho de guacho”, afirmou Kalil. “Se alguém trouxer para mim a solução, resíduo sólidos e morador de rua, aceito na hora. Agora, temos que enfrentar. Não podemos correr”, acrescentou o prefeito.
O prefeito disse que tentou evitar ao máximo o reajuste nas passagens: “Eu sou prefeito há quatro anos e dei apenas um aumento de passagem. Tem um contrato e uma metodologia do contrato. Quando eles tiraram os cobradores, eu tirei o aumento. Mas eu cumpro o contrato que peguei. Eu não fiz contrato com ônibus”.
“Se me der R$ 3 bilhões por ano de subsídio, eu coloco a passagem de graça”, completou Kalil.
Na campanha eleitoral para a eleição de 2016, Kalil disse várias vezes que iria "abrir a caixa-preta da BHTrans", se referindo à autarquia que controla o transporte da capital. A prefeitura fez algumas auditorias para detectar o problema. Uma delas apontou que passagem de ônibus custaria mais de R$ 6, graças a uma defasagem no preço ao longo dos anos. O próprio prefeito se mostrou surpreso com o resultado da auditoria.