Segundo vereador mais votado de Belo Horizonte, com 29.388 votos, Nikolas Ferreira (PRTB), viralizou nas redes sociais nesta terça-feira (1). Em vídeo, o futuro parlamentar fala sobre as medidas de isolamento social durante a pandemia do novo coronavírus. Nikolas questiona a máscara e a quarentena e aponta as duas como ineficientes.
“Se a máscara funciona, por que o distanciamento? E se o distanciamento funciona, por que a máscara? E se os dois funcionam, por que a quarentena? E se a quarentena funciona por que estamos caminhando para outra?”, questionou em vídeo.
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Nas redes sociais, o vídeo viralizou. Com diversos comentários negativos, Nikolas acabou recebendo vários ataques após as declarações.
Conservador, o jovem de 24 anos, usou o Twitter para publicar um vídeo resposta para os internautas. Nikolas afirma que “a esquerda lacrolândia” juntou seus “quatro neurônios” para chegar a uma simples conclusão. “Se existe o freio, por que existe o cinto de segurança e se existe o cinto, por que existe o airbag?”, ironizou.
Em tom de deboche, o futuro vereador brinca. “Uau, acabaram com o bolsominion”, respondeu.
“Quando eu digo que sou contrário à máscara, ao isolamento social e à quarentena não quer dizer que sou contrário a métodos preventivos, quer dizer que sou contrário a métodos preventivos que não funcionam”, explica.
Apesar da fala de Nikolas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o uso de máscaras de tecido para todo mundo que precisa sair de casa.
No Brasil, o Ministério da Saúde reconhece que cobrir nariz e boca com tecido é uma das ações preventivas mais importantes — em seu site, a pasta até disponibiliza um guia para a confecção dessas peças em casa.
Apesar de não usar o acessório nem apoiar as medidas de isolamento social, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), de quem Nikolas é apoiador, foi responsável por sancionar a Lei 14.019/2020, publicada no Diário Oficial da União em 2 de julho, que fala sobre "a obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção individual para circulação em espaços públicos e privados acessíveis ao público, em vias públicas e em transportes públicos".
*Estagiária sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz