Servidor público desde 2004, Wanderley Porto (Patriota) será um dos 24 novos vereadores de Belo Horizonte a partir de 2021. Graduado em publicidade, Wanderley ocupará uma cadeira na Câmara Municipal da capital mineira após receber 3.767 votos nas eleições deste ano.
Ele também tentou se eleger em 2016, pelo PTN (atualmente Podemos), mas não venceu. Aos 38 anos, o futuro parlamentar considerava 2020 a “cartada final”.
“Ficou uma frustração ali. Nos últimos quatro anos, de forma paralela, vínhamos nos movimentando, já com intenção de candidatar. Tinha decidido que seria a segunda e a última vez, se perdesse não tentaria novamente. Era tudo ou nada”, afirmou, em entrevista ao Estado de Minas.
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Wanderley atuou na Câmara de BH como assessor parlamentar entre 2004 e 2005, até chegar à Prefeitura de BH, também como servidor. Ele permaneceu no Executivo até 2015 e chegou a ser secretário da Regional Barreiro, na gestão de Márcio Lacerda (PSB).
Depois de perder em 2016, foi secretário da Prefeitura de Contagem. Posteriormente, se aliou ao deputado estadual Doorgal Andrada (Patriota), como chefe de gabinete na Câmara de BH, quando Doorgal era vereador, e na Assembleia, até deixar o posto para se candidatar em 2020.
Depois de perder em 2016, foi secretário da Prefeitura de Contagem. Posteriormente, se aliou ao deputado estadual Doorgal Andrada (Patriota), como chefe de gabinete na Câmara de BH, quando Doorgal era vereador, e na Assembleia, até deixar o posto para se candidatar em 2020.
“O amor pela política é antigo. Meu pai foi uma liderança, na juventude fui presidente de grêmio estudantil, mas até então não tinha interesse de ser político. Como secretário, em 2015, foi quando veio o desejo. Ficou uma frustração ali. Nos últimos quatro anos, de forma paralela, vínhamos nos movimentando, já com intenção de candidatar. Tinha decidido que seria a segunda e a última vez, se perdesse não tentaria novamente. Era tudo ou nada. Entendo a política como vocação. Já tinha exercido algo importante no Executivo, e ser vereador seria interessante para implementar e contribuir para a cidade”.
Como o senhor vai se colocar na Câmara, em especial dentro dos debates?
Não estarei na Câmara por projeto pessoal, sonho pessoal. Tenho que contribuir para a cidade. BH pode ser mais avançada, chegar perto do que é Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba. Temos que nos inspirar em cidades que deram certo com menor burocratização e de forma equilibrada. Coloco-me como centrista, com ponderação, equilíbrio e diálogo, sem ficar refém dos polos.
Qual será sua principal bandeira no Legislativo?
Lançamos um plano que se chama 20 ideias para BH, onde sintetizo melhor. Mas os carros chefes são causa animal, até por ter relação com Fred Costa, que é deputado federal de referência nisso, nas doenças raras, e prezo muito pela inovação. Teremos um aplicativo do próprio mandato, onde o eleitor pode opinar. Vai chamar ‘Tem Meu Voto’, e terá as mesmas funcionalidades de um antigo, chamado ‘Meu Vereador’, mas mais atualizado. Além de transparência e independência. vai ser nessa linha, e sempre buscando uma cidade inteligente.
O senhor atuou fortemente na Região do Barreiro. Pretende uma atenção especial a essa e alguma outra área durante o mandato?
Serei um vereador para a cidade, definitivamente. Tenho maior votação no Barreiro, pela minha atuação lá enquanto secretário, por ser da região, teremos até um gabinete no Barreiro. Mas a forma de legislar e representar é para a cidade, sem essa regionalização fixa.
Como será a atuação perante a Prefeitura de BH, com a atual gestão do prefeito Alexandre Kalil?
Prego muito a independência dos poderes, mas com harmonia. Precisamos de união, mas não me considero base nem oposição. Não conversei com ninguém do governo, mas tentarei contribuir para a cidade. O que for bom para a cidade, tem o desafio da economia local, ainda a pandemia existe, quanto a isso não terá diferença, será de forma harmoniosa. Mas não vejo base nem oposição, vamos dizer que seria um bloco independente.
O que o senhor considera que pode melhorar com a nova composição da Câmara?
Vivemos a pior legislatura da história, é notório. Nunca tivemos um vereador cassado, foram dois e não teremos um terceiro porque não vai dar tempo. Foi um anseio da população, e a resposta veio nas urnas. Não conheço alguns dos colegas, mas pelo que percebi há uma expectativa boa quanto ao trabalho, há uma esperança. Devemos ter um debate de alto nível, que não seja a gritaria que foi nos últimos anos. Estou muito animado e esperançoso de que será diferente.
O senhor pensa em um primeiro projeto de lei quando tomar posse?
Uma das 20 ideias é o coletivo voluntário. Exemplo, vou apresentar algo sobre a saúde. Então formei um grupo que seja de profissionais da saúde de vários níveis, e dele extraímos propostas. Não podemos ficar presos a projetos inúteis, que não são executáveis, que têm vícios. Não estou preocupado com quantidade, quero me sentar com os especialistas e pensar essas ações pontuais. Muitos colocam projetos que sabem que é inconstitucional e deixam ali para tomar tempo. Quero legislar com qualidade.
O senhor ficou “entre a cruz e a espada” em 2020. Em 2024, já pensa se quer seguir como agente político?
Hoje, o pensamento é de cumprir o mandato, em hipótese alguma irei para 2022. Após isso, ao final dos quatro anos de inteira dedicação, vamos avaliar se vale ou não tentar a reeleição.