De olho em 2022, o presidente Jair Bolsonaro vem minando potenciais adversários apontados como alternativa ao seu nome para as próximas eleições presidenciais. Nesta semana, o ministro das Comunicações, Fábio Farias, disse ao Estado de Minas que os candidatos de centro não teriam forças para derrotar o atual presidente nas urnas.
Na contramão, esses partidos de centro, como PSDB, DEM e MDB já tentam construir bases para formarem uma chapa com chances de vencerem Bolsonaro. Entre os articuladores dessa frente está o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM). A relação entre o democrata e Bolsonaro vive estremecida por causa das disputas entre o Legislativo e o Executivo.
Por outro lado, Ciro Gomes (PDT) tem sinalizado que poderia costurar acordos com os partidos da centro-direita, também no intuito de construírem uma chapa com musculatura. Para o pedetista, a centro-esquerda deveria se unir com esses partidos para ter maiores chances na disputa presidencial.
Nesta linha, Rodrigo Maia vem conversando com Ciro Gomes, com o apresentador Luciano Huck e com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). “Doria, claro, Luciano Huck se aproximando, Ciro Gomes, sem dúvida, algum nome do PSB”, disse Maia nesta semana em entrevista ao UOL.
Nesta linha, Rodrigo Maia vem conversando com Ciro Gomes, com o apresentador Luciano Huck e com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). “Doria, claro, Luciano Huck se aproximando, Ciro Gomes, sem dúvida, algum nome do PSB”, disse Maia nesta semana em entrevista ao UOL.
Para Paulo Gontijo, diretor-executivo do Movimento Livres, para ter alguma força nas eleições presidenciais, o centro não poderá apresentar um nome apenas às vésperas do pleito.
“O presidente Bolsonaro larga na frente por ser mais reconhecido e ainda por não ter uma força de oposição clara. Existe espaço para uma candidatura forte de centro, mas ela precisa ser construída e não pode ser apresentada aos 45 do segundo tempo. Apesar da vitória municipal, os partidos do chamado centro-democrático precisam se organizar em torno de algum projeto que hoje não está claro”, explica Gontijo.
“O presidente Bolsonaro larga na frente por ser mais reconhecido e ainda por não ter uma força de oposição clara. Existe espaço para uma candidatura forte de centro, mas ela precisa ser construída e não pode ser apresentada aos 45 do segundo tempo. Apesar da vitória municipal, os partidos do chamado centro-democrático precisam se organizar em torno de algum projeto que hoje não está claro”, explica Gontijo.
Apesar de não se colocar como pré-candidato, o ex-ministro da Justiça Sergio Moro é colocado com uma opção contra o nome de Bolsonaro. Contudo, o ex-juiz federal não conta com a simpatia de Rodrigo Maia. Nesta semana, o presidente da Câmara alfinetou Moro ao dizer que ele não estava mais na vida pública.
“Moro é consultor de uma empresa que presta serviço para a Odebrecht, acho que ele já está encaminhado ao setor privado", afirmou Maia.
“Moro é consultor de uma empresa que presta serviço para a Odebrecht, acho que ele já está encaminhado ao setor privado", afirmou Maia.
Para Paulo Loiola, mestre em gestão de políticas públicas e estrategista político da Baselab, os acordos deverão ganhar novos rumos a partir do próximo ano.
“Eu até concordo com o ministro quando ele diz que o centro não tem uma candidatura forte. Mas até 2022 isso poder mudar, tendo em vista que o Ciro (Gomes) já admitiu que vai negociar com os demais. Além disso, uma figura como a do (Luciano) Huck, que está fora do sistema, pode aparece como nome viável, seja se candidatando pelo DEM, Cidadania, ou outro partido desse centro”, afirma.
“Eu até concordo com o ministro quando ele diz que o centro não tem uma candidatura forte. Mas até 2022 isso poder mudar, tendo em vista que o Ciro (Gomes) já admitiu que vai negociar com os demais. Além disso, uma figura como a do (Luciano) Huck, que está fora do sistema, pode aparece como nome viável, seja se candidatando pelo DEM, Cidadania, ou outro partido desse centro”, afirma.
Petismo e Bolsonarismo
Para o estrategista político, a base bolsonarista e a base do PT ainda terão força para impactar no pleito presidencial.
Na visão de Loiola, os resultados das eleições municipais não podem ser considerados cruciais para determinar o cenário nacional.
“A figura do Lula e do Bolsonaro ainda tem uma força política muito forte em todo o país”, argumenta.