(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas PANDEMIA

Bia Kicis diz que vacina pode 'afetar DNA' e é desmentida por especialistas

Após dizer em seu Twitter que vacina contra covid-19 pode causar alterações genéticas, deputada federal foi contestada por epidemiologistas


03/12/2020 17:16 - atualizado 03/12/2020 17:28

Sem mostrar provas, Bia Kicis diz que vacina altera o DNA (foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Sem mostrar provas, Bia Kicis diz que vacina altera o DNA (foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
A deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) fez uma publicação controversa em seu perfil no Twitter, nesta quarta-feira (2/12). Sem apresentar provas ou embasamentos científicos, a parlamentar afirmou que as vacinas contra a COVID-19 são experimentais e que “trazem inovações desconhecidas em seres humanos”, citando como exemplo as vacinas 'NRA' que, segundo a deputada, “podem afetar o DNA”.



Logo em seguida, a informação foi desmentida por especialistas na rede social:







As vacinas ‘NRA’ citadas por Kicis, na verdade, são as vacinas de RNA mensageiro, fabricadas pela Pfizer e pela Moderna, que não alteram o DNA ou causam qualquer tipo de alteração no material genético humano.

Em outra postagem, a própria deputada reconhece não saber "o que é real ou não" sobre o tema:



Procurada pela reportagem, Bia Kicis disse, em nota, que é a favor de que a vacinação seja facultativa: "Falamos aqui de um produto experimental. Ninguém é obrigado a se submeter a tratamento experimental. É muito diferente das vacinas contra sarampo e caxumba, que são obrigatórias por serem atestadas e necessárias no nosso contexto social. Não somos cobaias".

Confira a nota da deputada na íntegra:
"O projeto 4506/20, de minha autoria, retira a vacina contra a COVID-19 da lista de medidas que o estado pode tornar obrigatório. Falamos aqui de um produto experimental. Ninguém é obrigado a se submeter a tratamento experimental. É muito diferente das vacinas contra sarampo e caxumba, que são obrigatórias por serem atestadas e necessárias no nosso contexto social. Não somos cobaias.

Falamos, aqui, de produtos que demoraram mais de 10 anos para terem sua eficácia comprovada. Sem uma janela de tempo razoável, não podemos prever os efeitos colaterais que uma vacina insegura pode causar. Os resultados podem ser desastrosos.

O Código Civil prevê que ninguém precisa de submeter a tratamento que coloque sua vida em risco. Por isso, sou a favor de que a vacina seja opcional. E não há que se falar em danos coletivos ou falta de responsabilidade com o próximo, porque, se você tomar a vacina e ela te proteger, o fato de outra pessoa não tomar não te coloca em risco.

Repudio toda forma de tirania. Em nome de se fazer o bem ao povo tem-se perpetrado as maiores arbitrariedades."


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)