Idealizador da Organização Não-Governamental (ONG) Raio de Luz, com forte atuação na Região de Venda Nova, e empresário das áreas de moda e beleza, Rogério Alkimim (PMN) será uma das 24 caras novas na Câmara Municipal de Belo Horizonte a partir de 2021. Apesar da vida privada e da iniciativa social como motes, Alkimim tem atuação na vida política e já havia tentado eleição para o Legislativo belo-horizontino em 2016, pelo PTdoB, hoje Avante. Já em 2010, no primeiro envolvimento com a política, tentou o cargo de deputado estadual pelo PTC e também foi derrotado.
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Minha causa será o terceiro setor. São ONGs, igrejas, organizações em geral, associações. Existem projetos sociais que fecham por falta de apoio. Chego com essa bandeira do social.
Hoje, as ONGs não são bem-vistas por parte da população. Como o senhor lida com isso?
Conheço várias ONGs que começaram e se perderam no meio da política, alguns que perderam espaço pois eram justamente para ganhar notoriedade, voto. A minha tem 20 anos, e muitas pessoas que conheço me parabenizam e me apoiam. A gente precisa de coisa básica, legalizar documento, e em todos os setores tem a maçã podre, usam como oportunidade para alavancar. Fui eleito para apresentar projetos de lei completos, e essa bandeira é meu xodó.
Já existe um projeto de lei que o senhor pensa em aplicar assim que tomar posse?
Vou falar por alto, a princípio. Trabalhei no Executivo e me deparava com gente falando das árvores de BH, de várias que podiam cair em cima de casas, carros, ainda mais com as chuvas. Algumas pessoas apresentavam cinco protocolos, e nenhum era concluído. E uma árvore cai, não vai ninguém na prefeitura lá. É uma lei que quero olhar, precisa de orçamento para isso, mas a árvore que tem protocolo aberto cai, danifica, e o Executivo não tomou contrapartida. Quero criar uma lei para que o Executivo pague com os danos que, por exemplo, essa árvore causou, seja na residência ou na via pública. Esse processo, atualmente, é lento. Não é fácil assim, são várias etapas. Mas isso eu quero endurecer.
Quanto à futura legislatura: como o senhor avalia a nova composição da Câmara?
Já conheço a Nely (Aquino) tem um tempo. Ela faz um excelente trabalho nesse momento de escândalos, e soube conduzir bem. Mas ainda acho cedo para falar da bancada, mas vejo que há muitos colegas que chegaram com garra e acho que vai ser muito diferente da anterior. O que for para somar, vou fazer parte.
O senhor trabalhou com o prefeito. Isso vai refletir como posição na Câmara?
Vou ser base do prefeito, sou grato a ele. Claro que eu fui eleito pelo povo, trabalho pelo povo, mas se coloca um projeto para prejudicar o povo, voto contra. Teve projeto para retirar guarda municipal de posto de saúde e escolas; eu sou base, mas não votaria a favor. Os trocadores foram retirados, eu não apoiaria. Chego à Câmara sem acordo político, partidário.
O senhor demorou, mas chegou a um cargo político. Agora, vai seguir? Já pensa em disputas próximas?
Vou esperar para ver. O PMN me chamou, por meio de diretório nacional e estadual, para conversar sobre 2022 já, e falei que estava cedo. E para 2024 vamos trabalhar. O povo deu uma resposta positiva nas urnas. Já tenho meu trabalho, e quero somente melhorar ele.