O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltou a atacar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por querer “tomar a presidência da Casa” para dar sequência aos projetos armamentistas e de interesse ambiental. Segundo ele, não é viável o governo defender o candidato Arthur Lira (PP-AL) somente por causa das questões econômicas, como a reforma administrativa, que será ainda votada pelo Legislativo em Brasília.
De acordo com Rodrigo Maia, os pré-candidatos de seu grupo político têm a mesma ideologia defendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes: “O governo está desesperado para tomar conta da presidência da Câmara e desorganizar a agenda ambiental, flexibilizar venda de armas e tocar pautas de costumes que digam respeito às minorias. O que é legítimo”.
Maia disse que outros assuntos mais importantes deveriam estar no princípio das pautas votadas pelos parlamentares: “Ele (Bolsonaro) se elegeu com essas pautas. Eu, no entanto, defendo outras pautas, como redução do desemprego e das desigualdades”.
Arthur Lira tem, até o momento, apoio de oito partidos – PL, PP, PSD, Solidariedade, Avante, PROS, Patriota e PSC. As siglas somam 160 parlamentares na Câmara.
O PTB, com 11 deputados, também deve se unir ao grupo, mas não participou do evento de lançamento da candidatura, que terá o lema "Para toda a Câmara ter voz".