O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta quinta-feira (10/12) que a pandemia do novo coronavírus está no “finalzinho” no Brasil. A declaração foi feita durante discurso em Porto Alegre, onde o presidente cumpre agenda oficial.
“Ainda estamos vivendo um finalzinho de pandemia. O nosso governo, levando-se em conta outros países do mundo, foi aquele que melhor se saiu, ou um dos que melhor se saíram no tocante à economia. Prestamos todo os apoios possíveis a estados e municípios. O auxílio emergencial foi diretamente na veia, diretamente na conta de 67 milhões de brasileiros, que precisavam realmente disso aí. Isso fez também movimentar a economia de estados e municípios", destacou.
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O presidente também criticou o tom usado pela imprensa no início da pandemia, que, segundo ele, "gerou pavor". "Nós devemos enfrentar os problemas. Não levar o caos, pavor. O que aconteceu no início da pandemia não leva a nada”, explicou.
O discurso negacionista presidencial
Bolsonaro desde o início da pandemia segue com o discurso negacionista. Ele chegou até mesmo a chamar o vírus de “gripezinha”. O presidente também incentivou o uso de hidroxicloroquina, remédio com eficácia não comprovada contra COVID-19.
Bolsonaro também foi responsável por uma “guerra” de acusações entre ele e o governador de São Paulo, João Dória (PSDB). Os dois disputam a liberação da vacina CoronaVac. Bolsonaro comemorou a morte de um paciente do estudo.
10 minutos acenando
A Tv Brasil, rede pública, exibiu nesta quinta-feira imagens ao vivo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) acenando na margem de uma rodovia por dez minutos. A cena aconteceu na em Porto Alegre, onde o presidente vai participar da inauguração de duas obras. A rede televisiva mostrou tudo na íntegra, enquanto comentava dados da obra.
*Estagiária sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz