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Estado de Minas COVID-19

Bolsonaro indica cloroquina sem prescrição: 'eu sei que não tem, mané'

Presidente novamente defende o uso do medicamento para pacientes com a doença, mesmo que ele não tenha eficácia comprovada contra COVID-19


10/12/2020 21:07 - atualizado 10/12/2020 21:57

Presidente orienta tratamento precoce aos que apresentam sintomas de COVID-19(foto: Antônio Cruz/Agência Brasil )
Presidente orienta tratamento precoce aos que apresentam sintomas de COVID-19 (foto: Antônio Cruz/Agência Brasil )
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) adotou tom crítico para defender o uso da hidroxicloroquina e da invermectina para pacientes com coronavírus, mesmo que os medicamentos não tenham prescrição médica para a doença. Na tradicional transmissão pelas redes sociais, nesta quinta-feira (10/12), ele orientou que os pacientes façam tratamento precoce quando tiverem sintomas de COVID-19.
 
“Tem que se evitar o entubamento da pessoa. E como se evita? Numa primeira fase, é a tal da hidroxicloroquina, invermictina, annita, vitamina D, entre outras coisas. Quando o médico fala que não, você tem o direito de procurar outro. E ponto final”, afirmou Bolsonaro, que esteve ao lado do presidente do Incra, Geraldo Melo, do secretário nacional de assuntos fundiários, Nabhan Garcia, e do novo ministro do Turismo, Gilson Machado. 

O presidente foi ríspido logo em seguida: “Agora vem alguns que ficam aí: 'Ah, mas não tem comprovação científica (a hidroxicloroquina)'. Eu sei que não tem, mané. Hidroxicloroquina é para malária, lupos e artrite”. 

“Por que eu apostei na cloroquina? Entramos em contato com médicos fora do Brasil, especialmente na África subsaariana. O cara chegava lá com malária, que é muito comum na África, e com COVID, tomava hidroxicloroquina e se curava. Precisa ser muito inteligente para começar entender que se mais gente, acontecendo a mesma coisa, que a hidroxicloroquina servia não só para malária, mas para COVID?”, indagou o presidente, logo em seguida.

Mesmo com o paíse chegando à faixa dos 180 mil mortos desde março, Bolsonaro novamente disse que a COVID-19 não causa efeitos tão pesados aos brasileiros contaminados: “A massa da população que pegou o vírus praticamente não vai sentir nada. Vai pegar uma febre, dor de cabeça, cansaço e rapidamente volta para a normalidade. Uma minoria pode ter problemas sérios. O que a gente orienta é o tratamento precoce, recomendado por muitos médicos”. 


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