Com todas essas articulações, tanto o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), quanto Arthur Lira (PP-AL) dependem do voto da esquerda para conseguir a vitória. Nessa linha, o candidato do Centrão tenta desvencilhar sua imagem da de Jair Bolsonaro para conseguir os votos.
Com mais de 130 deputados, siglas como PT, PDT, PSB, Psol e PCdoB estão sendo cortejadas por ambos os lados. Maior bancada da Câmara, com 54 parlamentares, o partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está rachado entre o lado de Maia e o de Lira.
O líder do Centrão esteve conversando com José Dirceu e já sinalizou que pode se reunir com o próprio Lula para conseguir a chancela do PT.
“Somos o maior partido da Câmara. Então vamos negociar proporcionalidade, cargos na Mesa, relatorias e presidências das comissões. Além disso, queremos brigar pelas pautas caras ao PT”, admitiu o líder do partido na Casa, Ênio Verri (PR).
“Somos o maior partido da Câmara. Então vamos negociar proporcionalidade, cargos na Mesa, relatorias e presidências das comissões. Além disso, queremos brigar pelas pautas caras ao PT”, admitiu o líder do partido na Casa, Ênio Verri (PR).
Entre as promessas de Lira ao PT, o candidato apoiado por Bolsonaro se comprometeu com três pautas: combate ao lava-jatismo, mudanças na Lei da Ficha Limpa e um projeto que permita nova forma de financiamento dos sindicatos. Também diz que não vai levar adiante pautas de costumes conservadores defendidas pelo bolsonarismo.
Outro partido que já negocia com Lira é o PSB, que na Câmara conta com 31 parlamentares. O candidato foi recebido pelo governador de Pernambuco, Paulo Câmara, uma das lideranças nacionais da legenda. Já com o PCdoB, Lira se reuniu por videoconferência e pediu que o partido apresentasse suas demandas.
Tentando não ficar para trás, Rodrigo Maia busca aglutinar essas legendas em torno do seu nome. O democrata também esteve com integrantes do PSB e dedicou sua agenda deste fim de semana para se reunir com nomes dos demais partidos da oposição. O PDT, de Ciro Gomes, está entre os mais cortejados pelo atual presidente da Casa. Mesmo assim, o presidente do partido, Carlos Lupi, deu um ultimato para que Maia definisse o nome do seu candidato.