O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu 48 horas para que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, informe a data de início e previsão de término do Plano Nacional de Imunização contra a COVID-19, detalhando o período de cada fase. A decisão, tomada neste domingo (13), também determina que a Advocacia-Geral da União (AGU) se manifeste sobre o caso.
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Cientistas citados em plano federal de vacinação não reconhecem documentoCOVID-19 mata irmãs jovens com menos de 24h de diferença em Minas GeraisCompra de vacina por ministro não adia data em SP, afirma DoriaZema alfineta Dória: 'Não é certo quem mora num estado ser vacinado antes'Bolsonaro mantém aprovação em 37%, aponta pesquisa Datafolha 'Muito estranho', diz pesquisadora sobre plano sem data para vacinaçãoO magistrado é o relator de ações que questionam as ações do governo frente à pandemia, como o plano de vacinação em todo o país e aplicação obrigatória da vacina. O tema estava previsto para ir a plenário na próxima quinta-feira (17), mas foi adiado após a proposta de imunização ser enviada pelo governo.
No entanto, pesquisadores questionaram diversos pontos da medida. Trinta e seis cientistas, dos 145 que assinam o projeto, afirmam que sequer viram o documento antes dele ser finalizado e apresentado ao Supremo. Ao Correio, uma das pesquisadoras, a professora Ethel Maciel, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), questionou a finalização do documento sem previsão para que as primeiras doses sejam aplicadas na população.
O governo informou que tem garantido, por meio de acordos de intenção de compra, a aquisição de doses para 51 milhões de pessoas, o que representa apenas 1/4 da população brasileira. A população carcerária e profissionais de educação que não são professores foram excluídos dos grupos prioritários, que devem receber a vacina primeiro.