Ex-árbitro de futebol e vereador desde 2013, Juliano Lopes (PTC) recebeu 5.197 votos neste ano e se credenciou ao terceiro mandato como integrante da Câmara Municipal de Belo Horizonte. O parlamentar não nega as origens ao definir o esporte como uma de suas prioridades.
Para o cenário pós-pandemia, mira promover 24 horas de esportes em equipamentos públicos da cidade, em uma espécie de versão alternativa da Virada Cultural.
“Assim que eventos puderem ser feitos, pretendemos, o mais rápido possível, que o prefeito faça a Virada Esportiva”, explica em entrevista ao Estado de Minas. O projeto sobre o tema já foi sancionado por Alexandre Kalil (PSD), mas precisou ser brecado em virtude do novo coronavírus.
Para o cenário pós-pandemia, mira promover 24 horas de esportes em equipamentos públicos da cidade, em uma espécie de versão alternativa da Virada Cultural.
“Assim que eventos puderem ser feitos, pretendemos, o mais rápido possível, que o prefeito faça a Virada Esportiva”, explica em entrevista ao Estado de Minas. O projeto sobre o tema já foi sancionado por Alexandre Kalil (PSD), mas precisou ser brecado em virtude do novo coronavírus.
Juliano também quer articular em prol da presença de professores de educação física, sua formação profissional, nas escolas municipais que ofertam os primeiros anos do ensino fundamental. Segundo ele, nem todas as instituições têm docentes para ministrar a disciplina. Defensor da Mata do Planalto, na Região Norte da capital, projeta fortalecer a relação com ambientalistas para dar fôlego à luta pela preservação do local.
Aos 48 anos, o vereador concilia os trabalhos legislativos com a presidência da Comissão de Arbitragem da Federação Mineira de Futebol (FMF). Veterano no Parlamento belo-horizontino, Juliano deseja aprimorar o contato com seu eleitorado.
“Quero fazer um aplicativo para que as pessoas tenham acesso ao que eu votar, dando opiniões sobre os projetos de lei em pata”, vislumbra.
“Quero fazer um aplicativo para que as pessoas tenham acesso ao que eu votar, dando opiniões sobre os projetos de lei em pata”, vislumbra.
Qual a bandeira prioritária de seu novo mandato?
Sou graduado em educação física e tenho pós em gestão pública de projetos sociais. Então, a gente defende muito a bandeira do esporte. Fui defensor da volta das academias e das artes marciais (quando fechadas por conta da pandemia). Defendo, também, o meio ambiente. É uma pauta que a gente acompanha de perto na Câmara. Sou presidente da Comissão de Meio Ambiente.
Como o senhor pretende continuar esse trabalho?
Aprovamos, um mês e meio atrás, um Projeto de Lei que cria a Virada Esportiva em BH. Como na Virada Cultural, a cidade irá respirar esporte por 24 horas, com as principais avenidas e locais para esporte nas praças e nos parques. Tenho lutado para que o professor de educação física seja reconhecido nas escolas municipais, no 1° e no 2° ciclo (ensino fundamental). É um sonho nosso, que a gente pretende realizar neste mandato (o próximo). Principalmente no 1° ciclo (há escolas sem professores de educação física). Faço parte do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam) e sou defensor da permanência da Mata do Planalto, sem dúvida a última reserva de Mata Atlântica em Belo Horizonte. Quando houve a votação da licença da mata (para possibilitar construção), votei contra. Temos feito muitas reuniões com ambientalistas.
A Virada Esportiva já se tornou lei. O senhor está em articulação com a prefeitura para colocar o projeto em prática após o fim da pandemia?
Primeiro temos que ter a vacina (contra a COVID-19). É o fator principal para fazer qualquer tipo de evento que aglomere pessoas. Assim que eventos puderem ser feitos, pretendemos, o mais rápido possível, que o prefeito faça a Virada Esportiva.
O primeiro projeto que o senhor pretende apresentar em 2021 é sobre a obrigatoriedade da presença de educadores físicos nas escolas?
Sim. Ele foi vetado pelo prefeito Márcio Lacerda. Queremos reapresentar o projeto e articular com o governo para que ele possa ser aprovado.
Como avalia a atual legislatura? O que pode melhorar para 2021?
Fui um vereador muito presente em audiências públicas. Levantamos a bandeira do transporte suplementar, o ônibus “amarelinho”. Sou defensor dessa classe desde a primeira licitação deles, em 2014. Precisamos criar uma pauta que aproxime a população da Câmara. Quero fazer um aplicativo para que as pessoas tenham acesso ao que eu votar, dando opiniões sobre os projetos de lei em pauta. Pretendo melhorar a comunicação com meus eleitores.
O senhor já disse que continuará na base do prefeito Kalil. Por que essa escolha?
É um prefeito que, na minha opinião, fez boa gestão e conseguiu manter as contas da prefeitura em dia. Ele não tinha prometido, mas no caso da minha região, colocou para funcionar um grande sonho da população: o Hospital Metropolitano do Barreiro. Isso trouxe muito conforto. Não há nada que comprometa a imagem do prefeito Kalil, tanto que foi reeleito no primeiro turno.
O PTC elegeu apenas um vereador. Como amenizar o fato de ser filiado a um partido que não fez outros representantes?
Planejamos fazer dois ou três vereadores, mas infelizmente conseguimos apenas um. Tenho que me aproximar de partidos com o mesmo pensamento. Vamos fazer movimento para se aproximar de partidos que não têm bancada para, quem sabe, fazer um bloco. Conversei com Pros e Podemos. Quero abrir conversas com o pessoal do Democratas, que é um partido grande, mas fez um vereador.